Não se vê jeito de o omnímodo, ubíquo, consensual e incensado padre Tolentino nos dizer o que andam a ensinar acerca do Dinheiro, do Sucesso, da Ganância e do Escrúpulo, na Universidade Católica de que é vice-reitor e que tantas luminárias tem posto nos comandos deste país.
Vá lá, senhor magnífico padre-poeta, tire-se de comodidades, use, por exemplo, o seu púlpito na Revista do Expresso, "que coisa são as nuvens" e, por três minutos que seja, deixe de ser nefelibata. Faça como o George da legionella, explique-nos, sossegue-nos, que os ares começam a ficar podres demais. A Política não está proibida aos poetas. Situe-se, homem!
«[...]
Para José Tolentino Mendonça, Ser
padre é (...) aceitar a pobreza como condição. E a pobreza é uma coisa chata de
viver. É achar que isso pode ser uma forma de dizer alguma coisa ao seu tempo". (...) o
autor, para quem A poesia é a arte de resistir ao seu tempo,
Pobreza,
os tomates; resistir, o tanas.