domingo, 30 de outubro de 2016

Músicos portugueses

«[...]
A este exterior mais à mão os músicos, como todos os seus primos romancistas e professores, chamam ‘mundo.’
[...]»

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Acordo Ortográfico [116]

«[...]
Na verdade, a regra da fonética é pura tolice, como facilmente se comprovará.
[...]
vão para o diabo mais as normas de um acordo que não unifica (há mais palavras diferentes agora do que havia antes), não padroniza, não simplifica, não melhora nem torna mais “internacionalizável” a língua portuguesa. Alguns já perceberam a fraude há muito tempo, outros têm vindo a percebê-la com o passar dos meses e dos anos. Falta apenas uma coisa: coragem para acabar com isto.»

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Medida certa

O doutor filósofo professor, por tal sinal mui culto e simpático, Viriato Soromenho Marques informa, a respeito do aparelho-zingarelho Schiaparelli [pronunciar skiàpàrèli, que o italiano é lindo e merece respeito da glote*] que se esbardalhou há dias em Marte: «O espaço exterior tem distâncias astronómicas».

Fui medir. Tem. Pelo menos, a da Terra a Marte é; a fita-métrica não me deu para mais astros.
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* Dói ou não dói ouvir, por exemplo, o bom do Júlio Isidro dizer solitudine [solidão] a rimar com ovomaltine? Claro que dói.
Diga-me, bondoso leitor, se não é linda a palavra solitudine...

«[...]
Estas coisas têm de acontecer amanhã já, porque há gente com fome, a verdade é essa. Mas pelo andar das coisas, pode demorar séculos.»
Cruzeiro Seixas [03.Dez.1920 — * ], à conversa com Bruno Horta | Observador, 23.Out.2016
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* Ainda agarrado ao hífen.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Fados e guterradas

De quem vai render um sul-coreano imune espera-se que tenha todas as vacinas em dia. 

Próximos passos:
- Dom Manuel a Papa. Pela ordem natural das coisas, será Clemente XV.
- Dona Maria a santa. Quando partiu já ia beatificada.

Desígnios do Quinto Império?...
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Acordo Ortográfico [115]

«[…]
É tempo de acabarmos com o amontoado de arbitrariedades a que se convencionou chamar “Acordo Ortográfico”, poço sem fundo de facultatividades que desmontam a própria noção de ortografia.
[…]»

- x - 
«[…]
A questão da língua deveria, essa sim, ser considerada um “assunto de superior interesse nacional”, palavrosidade que tanto enche a boca de políticos e doutores, mas pela qual políticos e doutores tão pouco têm zelado. Não é por teimosia ou conservadorismo que há, felizmente, quem insista na insalubridade do “acordo” e na urgência de revertê-lo enquanto ainda é possível erradicar a moléstia. Porque ele é cientificamente mau, socialmente inútil e culturalmente nefasto. Não se trata de uma opinião, mas de factos, evidenciados pelos numerosos escritos e pareceres de reputados cientistas da língua, em Portugal e no Brasil. E não é coisa que passe com o tempo, como uma vulgar dor de cabeça. O que ficar disto será para sempre. Os efeitos, aliás, já se estão a sentir um pouco por toda a parte: nas escolas, nas empresas, nas instituições ou nos jornais, multiplicam-se as evidências de que o AO falhou em tudo e só complicou ainda mais aquilo que se propunha simplificar.
[...]
Os agentes políticos* de que falo são, na realidade, quase todos, independentemente do lugar que ocupam, quer sejam ou tenham sido ou queiram vir a ser governo ou oposição. A leviandade com que a grande maioria deles olhou para este assunto é, aliás, reveladora da incultura geral que se espalhou pelos aparelhos partidários.
[…]»

Reflicta-se, a propósito, neste recente despautério esquizofrénico-laticínio-lacticínico ou lá que é:

Por estas e outras, continuo a preferir Matinal. Seleccionado como convém. Longa vida aos úberes de que jorra!
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* Filhos de uma grandíssima e alternadíssima [preencher a gosto].

domingo, 2 de outubro de 2016

Jornalismo de referência

«George de 3 anos chegou de camisola azul, calções bordeaux e meias até ao joelho, de mão dada com o pai. Já Charlotte, de 16 meses, vinha ao colo da mãe de casaco azul a combinar com o vestido.»