segunda-feira, 29 de junho de 2020

Plágio de camiões

Intermarché      Lidl      Continente 

Ninguém reclama?

Apontamentos de infecciologia

«Os antibióticos são medicamentos destinados ao tratamento de infecções causadas por bactérias, não actuando sobre infecções causadas por vírus
"O que são e para que servem os antibióticos?" -  Direcção-Geral da Saúde

«Há uma enorme diferença ente uma vacina e um antibiótico. A vacina é para nós ficarmos imunes aos vírus. Os antibióticos é (sic) para combater os vírus.»
António Costa, primeiro-ministro, 28.Jun.2020

E agora?

sexta-feira, 26 de junho de 2020

António Costa aldraba nos testes? *

«Se há países que testaram 20 mil pessoas por milhão de habitante (sic), é difícil comparar com um país como Portugal que já testou 108 mil pessoas por milhão de habitante (sic).»

Quererá, pois, AC fazer crer que terão sido testados em Portugal mais de um milhão de indivíduos, considerando uma população de, arredondando, 10 milhões e duzentos mil.
Desde o início das contagens [Mar.2020] foram feitos em Portugal 1.102.066 testes**, numa população de 10.196.990 pessoas**. O primeiro-ministro quis inculcar a ideia de que já foram testados cerca de 10% dos portugueses, sem que nenhum jornalista o instasse a esclarecer.
Atendendo a que na generalidade dos, nesta altura, 40.866 de casos de Covid-19 em Portugal**, cada infectado passou/passará por três ou quatro testes, no mínimo, [já agora, na casa dos 80 euros cada teste], e considerando a quantidade indeterminável de gente que sob os mais diversos pretextos e nas mais diversas circunstâncias vem repetindo testagens, palpita-me que não chegam a 300 mil as pessoas testadas em Portugal, isto é, nem 3% da população. Por exemplo, eu, que sou hiperpopular e moro num concelho em estado de calamidade, só conheço uma***.

* Sim, acho que António Costa aldraba, tal a fúria propagandística que o anima.

Fica a pergunta que fiz um destes dias e não encontro respondida em lado nenhum: quantas pessoas, afinal, foram testadas?
Atrevo-me mais: será que alguém sabe?
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*** Deu negativo; festejei com um pratinho de caracóis e duas imperiais.

sábado, 20 de junho de 2020

Putedo

Habituei-me a admirar e a simpatizar, não pouco, com o engenheiro António Costa Silva, designado para ajuda na traquitana do país, pelas intervenções avulsas na imprensa e na TV que lhe acompanhei. Ainda há seis meses e meio aqui dei conta desse apreço.
Ao contrário do trajecto académico/político/profissional, quase nada conhecia das suas relações familiares. Tenho-o por personagem de extrema discrição a roçar uma reservada candura, coisa que em geral me agrada. Daí não me ter surpreendido que, no bruaá mediático da sua indigitação, a informação de que até ao almoço de 24 de Abril transacto, em que recebeu o convite, não conhecia o doutor António Costa. Não me surpreendeu mas anotei que fizesse questão em esclarecer esse grande pormenor, tão malcheirosa vai a endogamia nos "burladeros" do poder.

Sucede que, para sua edificação moral, aprendizagem das coisas e alimento da curiosidade, o mais poderoso motor da civilização e do progresso, o Plúvio não se basta, muito longe disso, na frequência de sítios asseados como a Ecclesia, o Esquerda.net ou o Twitter da Câncio*. Tenho necessidade vital de indagar o lixo, os esgotos e toda a multiplicidade de fontes execradas pelo Valupi, abominadas pelo Daniel Oliveira ou organolepticamente repelidas pela Joana Gorjão Henriques. Enfim, manias e feitios.
Passo com alguma assiduidade pelo "Do Portugal Profundo", locanda — «infecta!», bramam os socratólatras de plantão e socialistas do aparelho — de António Balbino Caldeira, professor no Instituto Politécnico de Santarém, onde, "eureka"!, acabo de saber de certos, conspícuos e bem determinados factos, neste verbete e neste.
Nada garante, sequer ABC o afirma, que os Antónios Costas se conhecessem de antanho, mas, por amor da santa!, não me fodam.
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* Consola a alma de um aprendiz ir, por exemplo, tendo notícias do desvelo pelo caniche que FC trouxe ao palco, ao colo, nos idos de 2008. Vejam como «o meu gorducho» Pedrito usou, aliás «com propriedade», o vocábulo erudito «transumância»...**. Incontido gáudio e mais uma festinha da querida tutora que, apesar da difusa desonestidade, de que tenho falado, com que gere a sua agenda de causas, reconheço figurar entre os jornalistas que mais bem redigem por cá. Mas, ia eu dizendo, por este andar ainda veremos, não tarda, Pedro Marques Lopes içado a intelectual respeitável.
E digam-me se não espevita o brio de qualquer português saber que temos entre nós o Franklin Roosevelt da contemporaneidade. E quem é ele?
Ei-lo! Fernanda Câncio, ela mesma. Quase me comovo, ainda que não seja novidade para ninguém o atrevimento do seu nariz...
 
** PML acabara de dizer «transumância» no Eixo do Mal, para falar da ida de Mário Centeno para o Banco de Portugal.
Curiosamente, no mesmo serão, minutos antes, igualmente em directo, António Lobo Xavier dissera «transumância» para falar da mesma coisa na Circulatura do Quadrado [brrrrnhac!].

sexta-feira, 19 de junho de 2020

A verdade, os que «tiveram» na festa e os testes

Não sei se em qualquer outro canto do mundo se passa o que vejo em Portugal: por conta da pandemia, o presidente da República concertado com o primeiro-ministro, de há três meses para cá, hora a hora, dia a dia, em permanente, pornográfica e insultuosa propaganda, a tentarem vender, não se sabe bem a quem, sabonetes rascas de pífia, ridícula e autocongratulatória fanfarronice nacional, o tal "milagre português".
Ante tanta incerteza, tantas dúvidas e, já à vista de todos, tamanho pesadelo social, não deveriam — quem nos governa ou representa — ser mais prudentes, severos e comedidos, sem prejuízo de fomento honesto do optimismo?
O foguetório presidencial, governamental, municipal e desportivo de anteontem é das coisas mais patéticas e pernósticas que testemunhei em 67 anos de vida. Quase a dar-me saudades da contenção espartana do almirante Tomaz..., Esta é a primeira vez que aqui estou desde a última em que cá estive.
Oxalá me engane, mas a farronca talvez venha a sair cara.

É em tal quadro que escutei, repugnado*, algumas afirmações de António Costa, primeiro-ministro de Portugal, ao início da tarde de hoje. Feira saloia de sobranceria e desdém pelos outros.

Jornalista- Vai convencer esses países a que recuem nestas medidas de restrição?
AC- «Vâmv, para ser sincero, não tou muito preocupado com isso. [...]»
...
AC- «[...] Eu, para ser sincero, o conselho que dou aos portugueses é que façam férias em Portugal. [...]»
Quando um político diz coisas como «Eu, para ser sincero...», disparam-se-me na cornadura todos os alarmes de reserva. Caso para que especulemos acerca do que urde o pensamento de António Costa quando não nos previne de que está a dizer sinceramente o que pensa. Mas para esse peditório já me cansei de dar. Por exemplo, aqui

Graça Freitas, directora-geral da Saúde, esta tarde:
Ainda bem que no-lo afiança.
«Cerca de 90 casos positivos entre os que tiveram na festa, e entre os que não tiveram na festa e que foram infectados pelos que tiveram na festa.»

Testes à Covid-19 efectuados em Portugal.
Somos dos que mais testamnão se cansa Costa de alardear. Ainda assim, permita-se-me, profano pouco entendido nestas coisas, que pergunte: Quantas pessoas foram de facto abrangidas por este milhão e tal de testes? Sabe-se de múltipla gente — na saúde, nos socorros, na segurança, nos lares, no desporto ... — que foi e é testada n vezes; só o arlequim, hipocondríaco contumaz, tê-lo-á sido mais de mil... Porque não dizem quantas pessoas foram testadas
Não haverá no cagaçal contundente de testes que nos atiram diariamente à cara um ilusionismo falacioso?
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* Bem sei, «discurso repugnante» era o do outro.

domingo, 14 de junho de 2020

A pífia e o magnífico

Não me lembro, nos últimos 50 anos, de texto tão exibicionista e pomposamente ridículo como o de Clara Ferreira Alves no Expresso de ontem. 

CFA termina com uma pergunta assustadora: «Nova Iorque aguentará?»
Acrescento outra: como subsistirá a cidade de Nova Iorque, se não mesmo a América toda,  sem as visitas frequentes e o olhar agudo da mulher do brinco

E vós, Casanova, até quando ides continuar a tiranizar-nos com a vossa infinita verve**?
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* Bem sei que VPV se esticou um bocadinho nas habilitações escolares da doutora CFA. Por isso ela o processou. Foi absolvido.
  
** Verve = inteligência + carpintaria + conhecimento + graça.

Prémio sem recheio? - Noticiário cultural

O "Prémio Europeu Helena Vaz da Silva" elege anualmente um cidadão da Europa que se tenha notabilizado na divulgação do património cultural. Foi instituído em 2013 pelo Centro Nacional de Cultura [CNC] em cooperação com a Europa Nostra e com o Clube Português de Imprensa.
Tem o apoio do Ministério da Cultura, da Fundação Calouste Gulbenkian e do Turismo de Portugal.
José Tolentino Mendonça, soube-se ontem, é o contemplado de 2020. Tratando-se de tão oleoso e conspícuo prelado, o cagarim festivo adivinhava-se intenso. E foi.

Numa momentânea perturbação racional do êxtase em que fiquei, acudiram-me as seguintes óbvias perguntas:
De que consta afinal o prémio? É só prestígio? Será que, com tantos cozinheiros e organizações a contribuir, não há por ali cacau? *
Fui ver, e comparar, como cada trombeteiro, dos sérios, de referência, noticiou:
CNC, pai do prémio.
Ecclesia, confraria de Tolentino.
Jornal da Madeira, donde Tolentino é.
Expresso  -  SIC, chafaricas de um dos jurados.
RTP  -  TVI
Etc.

Nada de nada, ninguém se deu ao cuidado de informar sobre o recheio do prémio.
Jornalismo psitacídeo [com excepções honrosas, as notícias que li seguem o guião da Lusa onde por sinal reina o, decerto sujeito simpático, molusco dos moluscos], desvertebrado, mandrião e incompetente, o que temos neste maravilhoso país.

Finalmente,  um arlequim a felicitar um pavão... É ou não é uma coisa linda?
Siga para bingo.
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* Ao cabo de mais de uma hora de exaspero a vasculhar, lá encontrei num cantinho envergonhado da República Portuguesa, em informação não datada [Julho de 2013, apurei]: 10.000 euros. Cacau.
Mas não contem a ninguém, que o senhor cardeal é criatura de extremo pudor.

sábado, 13 de junho de 2020

«A alegria da pobreza»

«[...]
Para terminar, e porque o fado é tão da nossa terra, lembro as palavras que não sei cantar: a alegria da pobreza / está nesta grande riqueza / de dar e ficar contente.
Caros irmãos e irmãs, esta é a nossa maior riqueza: dar e ficar contente. Este é o segredo do mandamento do amor, o sinal da nossa identidade. Este é o pedido do Senhor Jesus. 
Esta é a grande sabedoria que aprendemos nesta escola do amor, que o colo de Nossa Senhora de Fátima tão bem nos ensina!»

Versos: Reinaldo Ferreira
Voz: Amália Rodrigues

Por que esperam as Brigadas do Pensamento Adequado?
Toca a vandalizar a campa do Reinaldo em Lourenço Marques, ups!, Maputo — ups!, melhor não, que o Reinaldo era guei, e isso torna-o correcto e adequado a todos os séculos —, espatifar a Amália no panteão!
Toca a rasgar os saiotes alvos do bispo Américo, entusiasta da pobreza, e a grafitar-lhe a fuça rubicunda!

Por muito menos esborratam o padre António, príncipe dos príncipes da Língua Portuguesa, já agora.

Em tempo
«Para mim António Vieira é o melhor escritor de prosa portuguesa que alguma vez existiu.»
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Acerca de "Uma casa portuguesa"

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Corpus Christi, 11 de Junho de 2020

Catarina Amaro, cenógrafa e decoradora de "Cá por casa", de Herman José, na RTP, lá saberá porque pendurou a reprodução de um dos mais esplêndidos quadros da pintura portuguesa na parede do programa.
A mim parece descoco monumental.
Então o menino da lágrima não faria ali muito mais sentido? Claro que faria. E até, quem sabe, a stôra Salomé não levasse muito pela cedência temporária do original... 

No Corpo de Deus de 2019 disse aqui da minha admiração por Amadeo de Souza-Cardoso.

quarta-feira, 10 de junho de 2020

«Melhor ministro das Finanças de sempre»?

Com o semblante ortorrômbico e o sorriso trapezoidal que a distinguem, a doutora Ana Catarina Mendes, diligente turiferária de António Costa e presidente de turno do grupo parlamentar do Partido Socialista, resumindo a História e reduzindo a incorpóreas insignificâncias os nomes de, sei lá, Fontes Pereira de Melo, António de Oliveira Salazar, Hernâni Lopes ou António Sousa Franco, proclamou ontem, urbi et orbi, Mário Centeno como «o melhor ministro das Finanças de sempre».

Tendo presente que Centeno não nos informou de uma única razão para se demitir, tendo presente que será mesmo o melhor e está de boa saúde, tendo presente que é no contexto excepcionalmente crítico e difícil que vivemos que tão superior capacidade mais falta fará na governação do erário, mas não tendo presente a cenoura obscena de que toda a gente sabe*, pelos vistos menos ele, trago a etimologia da palavra «ministro» para achar que o doutor Mário Centeno, presuntivo e abnegado servidor da República, vale um peido. Cínico e hipócrita como os demais ... benfiquistas pasmados, algarvios** e outros.
Cumpridos cinco anos e meio de «contas certas» de que repetidamente se ufana, e nós agradecemos, ainda não afasto a possibilidade de o cagão Mário Centeno configurar de facto «um brilhante bluff»... 

«Obrigada, professor Mário Centeno, por todo o trabalho que fez, em nome de Portugal, pelos portugueses e pelas portuguesas.***»
Esta gente não presta.

Adenda
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Concordo com Luís Aguiar-Conraria.

** Por via de dúvidas preconceituosas, informo que sou pai de duas maravilhosas meninas que muito amo, Carolina e Júlia, netas de algarvios. 

terça-feira, 9 de junho de 2020

Sérgio hemorrégico, Brecht e Drago

Não gosto de Sérgio Figueiredo, director de informação da TVI há seis anos e meio, socratólatra confesso ["Gosto de Sócrates"  ...  Curto-te, bué, pá, espero que saibas...]
Conheço-lhe razoavelmente a intervenção e o trajecto públicos.
Não o tenho por jornalista confiável. Cagão, apresenta-se encadernado de verniz cultural pouco convincente. Não duvidando da sua esperteza, não duvido igualmente da sua burrice que raia, não raro, a iliteracia.
Ouçamo-lo, por exemplo, em conversa de há dias com António Costa:
«A sensação que temos é que ainda estamos na fase da hemorregia, que isto não cura nada; é ainda conter a hemorregia com bastante dinheiro.»
hemorragia    

Em Outubro de 2015, na despedida de Marcelo da TVI — de comentador para arlequim —, já aqui zurzira o doutor Sérgio Figueiredo a respeito da célebre «espada de Dmòcles
Acompanhemo-lo noutros berrantes atropelos e nalguns sarilhos.

«Sem liberdade de circulação de pessoas e bens, o que sustém o euro? Laissez passez, sobram os capitais.»

«Há quem ainda pense que proteger a fonte é proteger o jornalista. E que isto é só com os outros. Não leram Brecht. Não percebem que o que está em causa é a protecção da sociedade em si mesma, o cidadão mais simples e desprevenido, que muito tem beneficiado com a liberdade de informação. E esta tem sido só possível, graças ao jornalismo independente. 
É uma visão obtusa. Nada justifica esta forma de fazer a guerra de audiências. Hoje é com a TVI - e até gostam que isto nos esteja a acontecer, forçam a notícia e rezam que nos levem. Amanhã, quando forem eles, será tarde demais.» *
Quanto ao alegado Brecht — a Martin Niemöller o que é de Martin Niemöller —  que manifestamente SF não leu, remeto para "Primeiro levaram... não sei quem, e outros gorjeios do sapiens sapiens" *

«deixa-me só, Henrique, meter a seara em foice alheia, porque sou da informação.»

«Em 85 não havia internet. Portanto, não podia ser escurtinado.»
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SF na moscambilha do Banif

«Banif perde 984 milhões com notícias da TVI»
«Segundo a sentença datada de 16 de Março a que a Lusa teve acesso, o juiz justifica ao longo de oito páginas os indícios que considera existirem para haver um julgamento de Sérgio Figueiredo pelo crime de ofensa à reputação económica, por não se ter oposto enquanto director de informação à divulgação da notícia sobre o Banif. [...] Ora, na situação em apreço, existem indícios suficientes de que o arguido (ou, mais correctamente, a equipa de jornalistas por si coordenada) terá violado ostensivamente as obrigações éticas e deontológicas.

Soberbos piretes! Então faz-se isso na casa da democracia? Doutor Sérgio, doutor Sérgio, nem parece seu, menino tão atilado...
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* Que a beata Ana Drago, que afivela sempre aquele sorrisinho seráfico de aquiescência prévia a tudo o que doutamente vai opinar, milite no mesmo mantra-treta brechtiano**, nela, filocomunista desde o zigoto, nunca poderia espantar.
sob ameaça, foda-se!
O mundo está perdido.

** Peço desculpa pelo entaramelanço a que acabo de sujeitar a amável leitora, e também a ti, António***, mas para mim dia sem pelo menos uma boa, perdão, broa vibração oclusiva não é dia nem é nada.

*** atiantónio? Raios partam o Plúvio! Gabo a paciência de quem ainda o atura.

Bem-vindos ao país cristino [4] *

Pergunta da página 5 da revista do Expresso de 06.Jun.2020, custeada com dinheiro público [Compete2020, Portugal2020, União Europeia]:
O que é que a Cristina Ferreira e a Fátima Lopes têm em comum? 

Fácil: são ambas oficiais superiores — CF, marechal; FL, coronel — na indústria da imbecilização dos telespectadores portugueses.

Espero que a próxima venha com grau de dificuldade superior.
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domingo, 7 de junho de 2020

Bloco de Esquerda, calamidade pública

Com promoção e envolvimento regozijante do Bloco de Esquerda, entre outros, ontem, sábado, aconteceu isto em Portugal. Com cumplicidade festiva do Bloco de Esquerda exibiram-se rimas destas em Portugal.
Ante o silêncio acocorado do presidente da República e do primeiro-ministro, afixou-se isto e isto nas maiores cidades de Portugal.

Prorroga a declaração da situação de calamidade, no âmbito da pandemia da doença COVID-19.
«[...]
Nos termos dos artigos [...], o Conselho de Ministros resolve:
1- Declarar, na sequência da situação epidemiológica da COVID-19, a situação de calamidade em todo o território nacional até às 23h59 do dia 14 de Junho de 2020, sem prejuízo de prorrogação ou modificação na medida em que a evolução da situação epidemiológica o justificar.
[...]
Presidência do Conselho de Ministros, 29 de Maio de 2020. - O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da Costa

Anexo à RCM n.º 40-A/2020, de 29 de Maio de 2020
«[...]
Artigo 5.º- Limitações especiais aplicáveis à Área Metropolitana de Lisboa
1- Na Área Metropolitana de Lisboa o acesso, circulação ou permanência de pessoas em espaços frequentados pelo público, bem como as concentrações de pessoas na via pública encontram-se limitadas a 10 pessoas, salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar*.
[...]»

Hoje nos Açores [o homem não pára quedo. Ontem foi Ericeira. Ninguém fala das contas de gasóleo, tripulação e comitiva?], pelas 14h25, uma jornalista da TVI interpelou com oportunidade e pertinência Marcelo Rebelo de Sousa:
- Manifestações como as que vimos ontem em Lisboa e no Porto são desaconselhadas. Ainda para mais no caso de Lisboa que tem a situação que tem. Como é que encarou aquelas imagens?
Gastando um minuto e meio da sua insuperável e gelatinosa cartilagineidade a não dizer frontalmente como encarara estas imagens, o presidente-arlequim rematou:  
- (...) Portanto, há aqui um equilíbrio, como costumo dizer, nem facilitar, que se paga caro, nem alarmar. As autoridades sanitárias aí têm um papel fundamental, porque elas sabem aquilo que os políticos não têm de saber necessariamente. Têm de saber o que é preciso decidir politicamente mas tentam ouvir as autoridades sanitárias.
Mais esquivo e cobarde seria difícil. 

A esta hora desconheço se alguém interpelou António Costa acerca da insolente, sobranceira e ofensiva violação por parte do Bloco de Esquerda da resolução assinada por ele. Como não espero nada de muito corajoso ou digno de um primeiro-ministro, o mais esperto dos ratos espertos, subserviente e condicionado pelas Catarinas e Mortáguas desta vida, resta-me inquirir o Plúvio:
- E vós, Plúvio, que achais do comportamento do Bloco de Esquerda, ontem em Lisboa, à luz da RCM n.º 40-A/2020?
- Nada que me surpreenda numa das organizações mais insanes, irresponsáveis e perigosas, roçando crime contra a saúde pública na iniciativa de ontem, no ordenamento democrático português. E já agora aproveito para me borrifar nas lições e exemplos de democracia e de anti-racismo do doutor Mamadou Ba e para dizer que a comparência da doutora Ana Gomes, putativa candidata a presidente da República, que precisa de se dar a ver nos arraiais, me soou a oportunismo e demagogia. 
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Catarina Martins:
E quem julga a BEata doutora Catarina ser?

Nota-se.

Pena o crescimento notório de Catarina Martins não ter sido acompanhado de aprendizagem básica da língua portuguesa.

Mariana Mortágua, 01.Mai.2019:
Suspeito de que o senegalês Mamadou Ba ficou multifodido por o Bloco o ter trocado por assessoria argentina... Daí tão tonitruante divórcio.

* Manda a prudência que não exclua liminarmente a possibilidade de a turba que marchou e rugiu — com inglês abundante, coisa que até à devota e entusiasta Câncio desgostou  —, da Alameda à Praça do Comércio, pertencer ao "mesmo agregado familiar". Afinal, não foi a própria Catarina Martins que em 11.Nov.2018 proclamou que todos esses São a nossa gente, a nossa gente!? Foi.
A ter sido o caso, e oxalá o corona não dizime entretanto tão prolífera e prestimosa família, aqui voltarei para pedir desculpa ao Bloco.   

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Arlequim de todos os credos, na sé e na mesquita

Coisa jamais vista na capital sucedeu ontem, 31 de Maio, domingo em que «todos começaram a falar outras línguas».
Foi aí que a televisão oficial do reino proclamou o arlequim, sem mais, «presidente de todos os credos».
Foi aí que igualmente — oh espanto! — Gualdim Pais, na igreja de Santa Maria do Olival, junto ao Nabão, desembainhou pela derradeira vez a adaga e, num estranho gesto a que os do Sol Nascente chamam sepukku, harakiri ou lá que é, infligiu rasgo horrendo no próprio ventre, esvaído em tripas e finado de vez. Diz que de honra ferida e imensurável desgosto.
Jesus Cristo lhe perdoe, ao Marcelo. Francisco que se precate.