sábado, 20 de junho de 2020

Putedo

Habituei-me a admirar e a simpatizar, não pouco, com o engenheiro António Costa Silva, designado para ajuda na traquitana do país, pelas intervenções avulsas na imprensa e na TV que lhe acompanhei. Ainda há seis meses e meio aqui dei conta desse apreço.
Ao contrário do trajecto académico/político/profissional, quase nada conhecia das suas relações familiares. Tenho-o por personagem de extrema discrição a roçar uma reservada candura, coisa que em geral me agrada. Daí não me ter surpreendido que, no bruaá mediático da sua indigitação, a informação de que até ao almoço de 24 de Abril transacto, em que recebeu o convite, não conhecia o doutor António Costa. Não me surpreendeu mas anotei que fizesse questão em esclarecer esse grande pormenor, tão malcheirosa vai a endogamia nos "burladeros" do poder.

Sucede que, para sua edificação moral, aprendizagem das coisas e alimento da curiosidade, o mais poderoso motor da civilização e do progresso, o Plúvio não se basta, muito longe disso, na frequência de sítios asseados como a Ecclesia, o Esquerda.net ou o Twitter da Câncio*. Tenho necessidade vital de indagar o lixo, os esgotos e toda a multiplicidade de fontes execradas pelo Valupi, abominadas pelo Daniel Oliveira ou organolepticamente repelidas pela Joana Gorjão Henriques. Enfim, manias e feitios.
Passo com alguma assiduidade pelo "Do Portugal Profundo", locanda — «infecta!», bramam os socratólatras de plantão e socialistas do aparelho — de António Balbino Caldeira, professor no Instituto Politécnico de Santarém, onde, "eureka"!, acabo de saber de certos, conspícuos e bem determinados factos, neste verbete e neste.
Nada garante, sequer ABC o afirma, que os Antónios Costas se conhecessem de antanho, mas, por amor da santa!, não me fodam.
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* Consola a alma de um aprendiz ir, por exemplo, tendo notícias do desvelo pelo caniche que FC trouxe ao palco, ao colo, nos idos de 2008. Vejam como «o meu gorducho» Pedrito usou, aliás «com propriedade», o vocábulo erudito «transumância»...**. Incontido gáudio e mais uma festinha da querida tutora que, apesar da difusa desonestidade, de que tenho falado, com que gere a sua agenda de causas, reconheço figurar entre os jornalistas que mais bem redigem por cá. Mas, ia eu dizendo, por este andar ainda veremos, não tarda, Pedro Marques Lopes içado a intelectual respeitável.
E digam-me se não espevita o brio de qualquer português saber que temos entre nós o Franklin Roosevelt da contemporaneidade. E quem é ele?
Ei-lo! Fernanda Câncio, ela mesma. Quase me comovo, ainda que não seja novidade para ninguém o atrevimento do seu nariz...
 
** PML acabara de dizer «transumância» no Eixo do Mal, para falar da ida de Mário Centeno para o Banco de Portugal.
Curiosamente, no mesmo serão, minutos antes, igualmente em directo, António Lobo Xavier dissera «transumância» para falar da mesma coisa na Circulatura do Quadrado [brrrrnhac!].