domingo, 7 de junho de 2020

Bloco de Esquerda, calamidade pública

Com promoção e envolvimento regozijante do Bloco de Esquerda, entre outros, ontem, sábado, aconteceu isto em Portugal. Com cumplicidade festiva do Bloco de Esquerda exibiram-se rimas destas em Portugal.
Ante o silêncio acocorado do presidente da República e do primeiro-ministro, afixou-se isto e isto nas maiores cidades de Portugal.

Prorroga a declaração da situação de calamidade, no âmbito da pandemia da doença COVID-19.
«[...]
Nos termos dos artigos [...], o Conselho de Ministros resolve:
1- Declarar, na sequência da situação epidemiológica da COVID-19, a situação de calamidade em todo o território nacional até às 23h59 do dia 14 de Junho de 2020, sem prejuízo de prorrogação ou modificação na medida em que a evolução da situação epidemiológica o justificar.
[...]
Presidência do Conselho de Ministros, 29 de Maio de 2020. - O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da Costa

Anexo à RCM n.º 40-A/2020, de 29 de Maio de 2020
«[...]
Artigo 5.º- Limitações especiais aplicáveis à Área Metropolitana de Lisboa
1- Na Área Metropolitana de Lisboa o acesso, circulação ou permanência de pessoas em espaços frequentados pelo público, bem como as concentrações de pessoas na via pública encontram-se limitadas a 10 pessoas, salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar*.
[...]»

Hoje nos Açores [o homem não pára quedo. Ontem foi Ericeira. Ninguém fala das contas de gasóleo, tripulação e comitiva?], pelas 14h25, uma jornalista da TVI interpelou com oportunidade e pertinência Marcelo Rebelo de Sousa:
- Manifestações como as que vimos ontem em Lisboa e no Porto são desaconselhadas. Ainda para mais no caso de Lisboa que tem a situação que tem. Como é que encarou aquelas imagens?
Gastando um minuto e meio da sua insuperável e gelatinosa cartilagineidade a não dizer frontalmente como encarara estas imagens, o presidente-arlequim rematou:  
- (...) Portanto, há aqui um equilíbrio, como costumo dizer, nem facilitar, que se paga caro, nem alarmar. As autoridades sanitárias aí têm um papel fundamental, porque elas sabem aquilo que os políticos não têm de saber necessariamente. Têm de saber o que é preciso decidir politicamente mas tentam ouvir as autoridades sanitárias.
Mais esquivo e cobarde seria difícil. 

A esta hora desconheço se alguém interpelou António Costa acerca da insolente, sobranceira e ofensiva violação por parte do Bloco de Esquerda da resolução assinada por ele. Como não espero nada de muito corajoso ou digno de um primeiro-ministro, o mais esperto dos ratos espertos, subserviente e condicionado pelas Catarinas e Mortáguas desta vida, resta-me inquirir o Plúvio:
- E vós, Plúvio, que achais do comportamento do Bloco de Esquerda, ontem em Lisboa, à luz da RCM n.º 40-A/2020?
- Nada que me surpreenda numa das organizações mais insanes, irresponsáveis e perigosas, roçando crime contra a saúde pública na iniciativa de ontem, no ordenamento democrático português. E já agora aproveito para me borrifar nas lições e exemplos de democracia e de anti-racismo do doutor Mamadou Ba e para dizer que a comparência da doutora Ana Gomes, putativa candidata a presidente da República, que precisa de se dar a ver nos arraiais, me soou a oportunismo e demagogia. 
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Catarina Martins:
E quem julga a BEata doutora Catarina ser?

Nota-se.

Pena o crescimento notório de Catarina Martins não ter sido acompanhado de aprendizagem básica da língua portuguesa.

Mariana Mortágua, 01.Mai.2019:
Suspeito de que o senegalês Mamadou Ba ficou multifodido por o Bloco o ter trocado por assessoria argentina... Daí tão tonitruante divórcio.

* Manda a prudência que não exclua liminarmente a possibilidade de a turba que marchou e rugiu — com inglês abundante, coisa que até à devota e entusiasta Câncio desgostou  —, da Alameda à Praça do Comércio, pertencer ao "mesmo agregado familiar". Afinal, não foi a própria Catarina Martins que em 11.Nov.2018 proclamou que todos esses São a nossa gente, a nossa gente!? Foi.
A ter sido o caso, e oxalá o corona não dizime entretanto tão prolífera e prestimosa família, aqui voltarei para pedir desculpa ao Bloco.