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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Vamos lá ver

Exercício miudinho.

Anteontem na RTP, entre as 21:01 e as 21:35, às 33 perguntas em que Vítor Gonçalves gastou sete minutos, António Costa respondeu, nos 27 minutos em que falou, 'vam-lá-ver' ou 'vam-lá-ver o seguinte' 18 vezes.
Ainda assim, António Costa pareceu esforçado no controlo do seu tique torrencial e foi patente a preocupação em explicar-se num português mais bem soletrado do que a prosódia trágica em que habitualmente se exprime. Cheira-me a assessoria zelosa por ali [por exemplo, já diz bem acôrdos], não bastante, contudo, para ter privado os senhores telespectadores do glorioso final do entrevistado, no derradeiro minuto da conversa: 
«num momento oportuno e de um modo inchtucionalmente adequado […] de acordo com o modelo inchtucional adequado», suas últimas palavras.

Aos 13 minutos da conversa, comentando os golpistas e fraudulentos de Pedro Passos Coelho, de 4 dias antes, António Costa: «Essa não é uma linguagem própria de um primeiro-ministro nem uma linguagem saudável na nossa democracia.», aduzindo, aos 32 minutos, «tenho ficado chocado, para lhe ser sincero, com a agressividade verbal que tem sido utilizada.», no que logo me lembrei do paradigma de linguagem polida, asseada, cordata e «saudável na nossa democracia» que qualquer governante ou candidato à governação deverá praticar em todas as circunstâncias.

À margem, anote, leitor amável, quantas vezes, desde as legislativas de 4 de Outubro passado, o doutor António Costa, que excretou Seguro para as Caldas por com ele o PS só ser capaz de poucochinho, disse a frase «perdemos as eleições» ou pronunciou a frase «perdi as eleições».
Não é de campeão?
______________________________________
E que dizer do português da RTP?
A incompetência do costume.
Dois casos, entre outros, de má gramática no rodapé
Não é tivémos mas tivemos.
Não é antes do sr. Presidente da República tomar a iniciativa mas antes de o Sr. Presidente da República tomar a iniciativa.

sábado, 11 de outubro de 2014

Eduardo Ferro Rodrigues não presta

O PS, em que voto quase sempre desde sempre, faz-me pena. Depois de três anos com um penoso e repulsivo António José Seguro, como é possível não terem arranjado melhor para líder parlamentar?
Desastre a seguir à calamidade.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Populismo | cultura popular vs. cultura de massas

«[…]
A reacção ao resultado das eleições tinha acabado de mostrar que estas ora fabricam legitimidade, ora fabricam vencedores, consoante as necessidades, as argúcias e o jogo das aparências. Por efeito de um relato jornalístico conformado às regras actuais do storytelling, toda a disputa política a que estamos assistindo no interior do PS decorre em termos de competição desportiva ou de novela. Até ao limite do nauseabundo. O sucesso de Marcelo Rebelo de Sousa deve-se precisamente ao facto de ele entrar sem pudor nesta linguagem, “naturalizando-a” para consumo das massas. Ele é o mais alto representante do populismo cultural (algo que devia ser radicalmente incompatível com a função de professor universitário), um conjunto de procedimentos e convenções vindos precisamente daqueles que acenam com o perigo do populismo político e que se encontra sediado nos media. Este aparente paradoxo de um populismo cultural que se instalou sem resistência por intermédio daqueles que não parecem alimentar simpatias pelo populismo político diz-nos que toda a questão do populismo (ou do conjunto de fenómenos que a palavra hoje designa, no discurso corrente) precisa de ser vista de outra maneira. Precisa, em primeiro lugar, que se observe e analise esta regra geral: sempre que há uma intenção populista, é o povo que falta. Por isso é que se revela tão necessária uma distinção, em que Hannah Arendt insistiu, entre cultura popular e cultura de massas. Outro paradoxo deste populismo cultural (observável hoje até nos modos de circulação e legitimação de muita da cultura erudita) reside no facto de ele, nos momentos em que se entrega a arremedos de reflexão, gostar tanto de denunciar a “decadência” e a “crise moral”, ou dos “valores”. Sempre que alguém fala desta maneira, sempre que alguém apela aos “valores”, podemos ter quase a certeza de que está a reivindicar um novo conformismo, uma ideologia kitsch reactiva e restauradora, inimiga de todo o pensamento. A reivindicação dos “valores” segue a par de uma ideologia ética que se tornou sinónimo de moralidade e se satisfaz com todos os retornos.
[…]»

- x -

Ainda António Guerreiro, no Público/Ípsilon de hoje,
«Evitando cair nas questões mais controversas da historiografia judaica, Simon Schama empreendeu um trabalho de grande ambição.
[…]
A história que este livro nos dá a ler abrange um período de dois milénios e meio: começa por volta do ano 1000 a.C., trazendo à luz o mercenário Shalomam, ao serviço do exército da Judeia em Elefantina, uma ilha do Nilo, e acaba em 1492, com a expulsão dos judeus da Península Ibérica.
[…]
Uma tese fundamental atravessa esta História dos Judeus: a de que eles não se auto-segregaram, por rigidez e puritanismo cultural e religioso, e sempre tiveram ao longo da sua história uma atitude favorável à miscigenação; nunca quiseram ser uma parte separada do mundo em que viviam e, por isso, misturaram-se com os canaanitas, os egípcios, os persas, os gregos, os romanos, os árabes, etc. A segregação foi-lhes infligida: o pluralismo judeu é uma das linhas de sentido desta história de Schama.
[…]»

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Eduardo Lourenço na coreografia do PS

«Para uma iconologia política, a imagem mais densa de significado fornecida pelas televisões na noite de domingo passado foi aquela em que se viu Eduardo Lourenço, ladeado por Francisco Assis, recém-eleito deputado europeu, e um alto dirigente do PS (Alberto Martins), a ser conduzido a um lugar na primeira fila da plateia que escutava e aplaudia as palavras que António José Seguro dirigia ao país, cumprindo o ritual seguido por todos os partidos. A coreografia tinha sido bem planeada: o intelectual português que mais escreveu — com empenho,  lucidez e elevação — sobre o sonho e a realidade da Europa, enquanto tarefa política e continente espiritual, traria aos seus anfitriões um suplemento de “política do espírito” que eles poderiam assim reclamar e capitalizar, perante as câmaras das televisões, como o nosso bem soberano, como disse Valéry. Mas enquanto António José Seguro reivindicava uma “vitória estrondosa” do PS, Eduardo Lourenço, nas imagens transmitidas, mantinha-se cabisbaixo, parco nos aplausos e nada inclinado a contribuir para a verosimilhança da festa. A coreografia da aclamação intelectual ao mais alto nível ganhou a feição de uma parábola, em registo de farsa, do rapto da Europa, sob a forma de representação de um Eduardo Lourenço confiscado por um aparelho partidário.
[...]
Em vez do intelectual como conselheiro do príncipe, o que as câmaras captaram reiteradamente foi a sua impaciência e a sua melancolia, a incapacidade de representar o papel que lhe tinha sido atribuído com maior ou menor consentimento (não podemos saber nem isso interessa para os nossos argumentos).
[...]
[...]»

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Cruz no PS

Quanto tempo vai ser ainda necessário para que o Partido Socialista se dê consequentemente conta do suicídio lento em que se esvai desde que naquele aziago 23 de Julho de 2011 a confederada famulagem mais ignara que alguma vez vicejou no partido elegeu para o dirigir um penoso peido fátuo?

Voltei a votar ontem pela Europa em que nasci e em que tenho gostado de morar. Como de costume, votei no PS.

Peço desculpa por qualquer adjectivo a mais.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

António José Seguro:

Os portugueses estão piores do que há três anos. [1:23]
Uma desgraça.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

O amor é de outras leis

«[...] Um país justo onde não importa de onde se vem, qual o apelido que cada um tem ou o local onde se nasceu; um país onde não importa o dinheiro que cada um tem nem a maneira como se veste ou quem ama.» [minuto 10:50]
Esse é o país que o penoso Tozé Seguro se propõe construir no discurso eleiçoeiro, como quase todos de quase todos quase sempre, proferido esta manhã na Assembleia da República.
Faltou-lhe a ousadia de acrescentar, ao extravagante e demagógico «quem ama», e quantos ama na sua e fora da sua cama. para que a poesia acontecesse, Portugal ficasse melhor e a Humanidade mais próxima da salvação...
____________________________________
A gente sabe que o senhor deputado aludia ao Código Civil, mas casamento - com quem casa -, além de não subsumir necessariamente o amor, é caso bem diverso deste.
Não por acaso, amor é coisa que só excepcionalmente ocorre, e uma única vez, na Constituição da República Portuguesa: na alínea b) do n.º 1 do artigo 293.º, ao destinar-se a utilização de receitas obtidas com reprivatizações - «As receitas obtidas com as reprivatizações serão utilizadas apenas para amortização da dívida pública e do sector empresarial do Estado, para o serviço da dívida resultante de nacionalizações ou para novas aplicações de capital no sector produtivo.»
Como se vê, nem ao Camões lírico mais inflamado ocorreria contexto tão arrebatadoramente romântico; ao Camões ou até ao próprio Emanuel.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Do optimismo [1]

Inês Maria Meneses - a própria - e 12.596 outras pessoas gostam disto.
Palavras-chave: gostar, nojouniversidade católica, facebook, falência, meninos-bem, ostentação, dinheiro dinheiro dinheiro, recato, sofrimento, pudor, banalidade, padre joão seabra, capitalismo, escrúpulo, infortúnio lotaria e sorte, fé, banha-da-cobra, ganância, alienação, morte, sucesso, certeza,  recolhimento, vida, pudor, despudor, evangelho do empreendedorismo, audiência e share, cancro, vaidade vaidade vaidade vaidade vaidade vaidade, ricos e pobres, ignorância, sabedoria, comedimento, perda, silêncio, perplexidade, sofá.
Pergunta-chave: em que medida, sendo já cadáver, sou dono do meu cadáver, de tal modo que me farei obedecer acerca dele e do meu elogio, dando ordens com o verbo querer no pretérito perfeito simples?
Resposta-chave: que vale e que significa cada palavra?
Estou vivo e apetece-me cagar. Depois se verá. Por enquanto e pelo menos até que o repulsivo futuro primeiro-ministro* retire os sem-abrigo da rua, quem sabe se mesmo contra a vontade dalgum que nela teime em continuar, parecemos todos uns miseráveis à espera da ceifeira. Esperneamos, deslumbramo-nos e já não é pouco.
______________________________________ 
* No Eixo do Mal de ontem, a partir do minuto 19:35, Clara Ferreira Alves insistia em quão perigoso na política este homem é. Concordo com ela. Perigoso, patareco, repulsivo**.
** A minha subida estima pelo político doutor António José Seguro não é de ontem. Escrevi isto, num blogue que esvaziei depois de durante três meses me ter apatetadamente metastizado nele, na noite – 05.Jun.2011 - em que José Sócrates, derrotado pela democracia, desistiu de liderar o PS e AJS se chegou, humildemente, à frente. Às vezes gosto de fazer redacções.

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2013 e limítrofes, incluindo 1953, no balancé do meu capricho.

. Melhor post não escrito por Plúvio. 
. Melhor blogger– Táxi Pluvioso. 

Blogue estimável com o título mais pífio e o subtítulo mais fatela.

. Melhor jornalista de TV– Luís Gouveia Monteiro, apresentador, perdão, anfitrião no Canal Q do melhor título de informação, "O que fica do que passa", com um impagável e delicioso marginal ameno açoriano. 
Melhor entrevista. 
. Melhor humorista– Alberto Gonçalves. [Não? Experimente, só para lhe tomar o gosto, “Turismo macabro”, de 19.Dez.2013, entre as 11 crónicas publicadas na Sábado, de 24.Out. a 31.Dez.2013, acerca deste “Paralelo 38” na RTP.] Tirando o horror ao comunismo, ao socialismo, ao Estado e à Constituição, e o ódio cego e descabelado, beirando vez por outra o desconhecimento altivo, ao engenheiro Sócrates, o sociólogo Alberto Gonçalves, que também actua aqui e aqui, passa bem por um fabuloso cómico progressista à esquerda de quem vem, em sentido contrário. Insisto: poucos são os que escrevem por aí tão bem e com tanta graça.
. Pior cronista– Celeste Cardona, no DN.
. Melhor cronista-  Pedro Mexia, no Expresso, na Ler e onde quer que tenha escrito.
. Pior político– Catarina João Martins Semedo
. Segundo pior político ligeiramente mais indigesto do que João Catarina: Marisa Matias
Pior político, para nosso grande azar,  no sítio onde talvez devesse estar o melhor
Mais sabido e perigoso dos troca-tintas demagogos
Pior e mais ominoso dos políticos
. Melhor ex-primeiro ministro
. Pior primeiro-ministro, timoneiro dos pinículos
. Melhor comentador político- Augusto Santos Silva
. Momento político do ano- Pelas 18:00 de 12 de Setembro, a sempre aflita da respiração co-coordenadora do BE, veio ao Metro de Odivelas caucionar nada menos do que 130 propostas justas e sensatas para a governação do concelho que a multidão presente – era humanamente impossível arranjar assento para todos - haveria de acolher com entusiasmo efusivo. Duas semanas depois e embriagados de fé no partido que naquele heróico 23 de Março de 2011, dia de São Turíbio de Mongrovejo, mundial da Meteorologia e nacional da Cáritas, ajudou, para redenção de Portugal, a derrubar José Sócrates e a levar mais depressa ao pote Passos Coelho, os odivelenses – perdão, as odivelensas e os odivelensos - não se fizeram rogados: 5% dos votos, nenhum dos 11 vereadores eleitos.  
. Melhor livro [é preciso uma ganda lata para vir aqui falar de melhores livros quando nem duas dúzias se leu dos cinco mil publicados]– Atlas do Corpo e da Imaginação
. Melhor romance de que ninguém falou– O Reino.
. "Melhor livro de 2013" de Alberto Gonçalves
. Melhor programa televisivo que ainda dura– Ponto Contraponto.  
. Melhor programa televisivo que durou pouco– Odisseia
. Melhor programa televisivo razoável com o título mais piroso– Baseado numa História Verídica, Canal Q.

E rádio, pá? E teatro? E concertos? E bola, pá?

. Melhor guarda-roupa- O de Inês Meneses, sem nada por baixo.
. Terceiro melhor Papa. Frente a episódios de fundamentalismo violento que nos preocupam, o afecto pelos verdadeiros crentes do Islão deve levar-nos a evitar odiosas generalizações, porque o verdadeiro Islão e uma interpretação adequada do Alcorão opõem-se a toda a violência. - Exortação Apostólica "A Alegria do Evangelho", 253. Este Bergoglio é de uma bondade e ingenuidade desarmantes. Sorte dele é Alá ainda usar fisga.
. Segundo melhor Papa.
. Primeiro melhor papa, o único dos três que não se fia na virgem. 
. Palavra mais feia– ajustamento.
. Redundância mais insuportável– desonestidade intelectual. Como se houvesse outras.
. Eufemismo mais execrável- colaborador em vez de trabalhador.
. Tique mais irritante– Dito isto.
. Quem, dito isto, mais hemorrágica e irritantemente praticou o irritante tique “dito isto”: Pedro Rolo Duarte. Até o bom do Pedro Mexia já está contaminado. [minuto 15:25]
. Mais ubíquos– José Tolentino Mendonça* e Joana Vasconcelos, ex aequo com o Ademar Costa da Póvoa de Varzim, campeoníssimo da epistolografia em todos os jornais e revistas do país [“Cartas ao director”, “A carta da semana”…, via e-mail que é mais depressa e poupa selo], que conseguiu 711 publicações dos seus sábios considerandos. O Tomaz Albuquerque de Lisboa, vice-campeoníssimo, nem aos calcanhares do Ademar chegou, com apenas cerca de 403 publicações dos seus considerandos sábios. Eu acho que o azar do Tomaz é que o nome do outro começa por a logo seguido de d, e nisso os directores e editores de imprensa são muito criteriosos. 
Mistério mais misterioso- zona mista. [Como vês, pá, também se fala de bola neste balanço.]
. Segunda melhor frase– Sempre que mudamos uma pedra de um lado para outro, isso é arquitectura. – Farrokh Derakhshani, director do “Prémio Aga Khan para a Arquitectura 2013”, no Castelo de São Jorge.
. Melhor e mais comovente frase- Não me deito nunca sem dar banhinho à minha mãe.Arlete, empregada de refeitório.
. Melhor café– Delta.
. Melhor fruto, em 2013, desde sempre e para sempre- azeitona.
. Melhor morto- Impossível eleger. Todos eram pessoas excelentíssimas.
. Melhor obituário– o de António Ramos Rosa, apesar da maior audiência do de Manuel António Pina.
. Melhores dos melhores- as minhas filhas, os meus irmãos, outros queridos familiares e os meus amigos – pudera! -, Gonçalo M. Tavares, António Guerreiro, Bach, a Margarida e o senhor Moreira.
. A quem me compararam– Frank Zappa, aos 23 anos, a tocar bicicleta
. Melhor filme de sempre em 2013- Viagem a Tóquio [1953].

Etc.

_______________________________

* Hei-de escrever, não tarda, uma carta aberta ao padre Tolentino, em meia dúzia de linhas, a dizer mais ou menos:

«Bobadela, tantos do tal

Reverendo padre, lídimo poeta, prosador fecundo, sensível e decerto justa pessoa,

Venho interpelá-lo na sua qualidade de vice-reitor da excelentíssima Universidade Católica que tantas fornadas de altos-quadros tem posto a gerir,  a governar e a aconselhar Portugal e parte importante das suas instituições e empresas, para que, por favor, nos elucide, nos informe, nos diga que merda de orientação se inculca, se é que alguma, nas cabecinhas dos seus alunos, designada e principalmente dos cursos de Gestão, Economia e Direito, acerca das duas seguintes singelas coisas: escrúpulo e ganância.

Grato e com os cumprimentos da praxe,

Plúvio.»
- x - 

[Texto reeditado em 05.Jan.2014. Como apodreço em aparente seriedade, céus!]

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2012

e assim recessiva e sucessivamente, sem links nem anexos nem etiquetas nem ponderação:

Desgraça- Aníbal Cavaco Silva, Pedro Passos Coelho, Miguel Relvas, Paula Teixeira da Cruz.
Pesadelo- António José Seguro.
Ranço- doutor Mário Soares, doutor Manuel Carvalho da Silva, doutor Boaventura de Sousa Santos.
Mais ranço- Dom José Policarpo, Dom Manuel Clemente, Dom Januário Ferreira, Dom Manuel Martins.
Ruína- PCP, BE [delas e deles], Arménio Carlos da Carris.
Embuste- Futebol, Maya, Marcelo, não desfazendo.
Mais embuste- Politólogos em geral, António Costa Pinto em particular e mais em particular ainda dona Maria João Avillez sem falar da fulana da Rádio Renascença – rançus rançorum dii –, Graça Franco, com a ligeira excepção de talvez Adelino Maltez.
Mais embuste tipo Maya- os economistas palradores em geral, não contando os psic e os professores e gestores de recursos humanos.
Melhor de 2012- a persistência nos mercados do atum Tenório.
Mais melhor- de João Quadros a apesar de tudo Herman José, de Ricardo Araújo Pereira a Nuno Markl, de Eduardo Madeira a Alberto Gonçalves e a Ferreira Fernandes, o humor de Portugal.
Pior de 2013 naquilo que já dele se conhece- o afastamento, do e pelo Expresso, de António Guerreiro.
E pronto, não resisti à convenção anual do calendário gregoriano.

Vivam as mulheres portuguesas, vivam!

PS
Tenho votado céptica e regularmente no PS, que tem Francisco de Assis e preferiu o encadernado e penoso Seguro; votei sempre, contra alternativas intragáveis, em Mário Soares por quem não tenho pessoalmente*  um pingo de simpatia. E, claro, não  fossem a música, as palavras e as cores, a par da água e do vento, estaríamos bem fodidos. 
_____________________________________
* Eu disse “pessoalmente”? Eu escrevi “eu”? Caro leitor, perdoe-me se puder.

Já agora, a dado passo da boa entrevista a Fernando Botero, no Expresso/Revista de anteontem, pergunta Alexandra Carita:
- A beleza preocupa-o?
Botero:
- Sem dúvida. Mas a beleza é um termo muito vago e muito preciso ao mesmo tempo. Com a deformação que atribuo aos corpos espero sempre criar beleza. […] O quadro mais belo que existe é de Piero de la Francesca e retrata uma mulher tão deformada que se assemelha a um monstro. É de uma beleza sublime! Para quê pintar árvores, montes e montanhas?
Aqui, ante o leitor perplexo e aguado – que raio de quadro do de la Francesca será, que nem entrevistado nem entrevistadora ajudam a identificar, chiça!? - era dever da jornalista ter ajudado um bocadinho.
Como a Carita não fez o trabalho de casa, tive de fazê-lo. Pois bem: Piero de la Francesca não pintou um único rosto teratológico, muito menos de mulher; donde, o quadro a que Botero se refere só pode ser “A velha grotesca, de Quentin Massys, assim ou assado, etc.
Nada a agradecer, por quem sois.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

António José Seguro, uma desgraça

«[…]
talvez não haja outro caminho, como corajosamente escreveu Francisco Assis (que desgraça para Portugal que a lógica da mediocridade partidária lhe não tenha permitido estar agora à frente do PS!).
[…]»
Concordo.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Pedro Passos Coelho

«[…]
Entre todas as promessas que traiu, todas as coisas que disse que ia fazer e não fez, e todas as outras que jurou jamais fazer e fez, há uma coisa pela qual Passos Coelho não merece perdão: dizer que estava preparado para governar.
[…]»

Enquanto isto e como se não bondasse a desgraça de um ventríloquo pinículo a mandar na Gomes Teixeira, temos no Rato uma espécie de peido impante perfilado na sua sisuda e medíocre cagança, compincha do Relvas, e um bronco videirinho em Belém.
Triste país.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Miguel Relvas, trafulha por lapso,

Miguel Relvas, emérito doutor, Miguel Relvas,  R & Pórter, Miguel Relvas, amigo de Passos e de Seguro, Miguel Relvas, um abcesso na pinícula nebulosa.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O PS vai *

«[…] Estamos, sobretudo, a subverter o próprio conceito de identidade, e obrigados a desfazer-nos da narrativa** que nos diferenciou.
O PS, por seu turno, ainda não encontrou o enquadramento ideológico que forneça ao debate público um interesse sobrelevante de questões insignificantes. Seguro entrou na questiúncula provocada pelo Marcelo, que teceu, na TVI, uma teia reticular de intriga, tão ao seu gosto e estilo. E o secretário-geral socialista, em vez de resolver o berbicacho com um displicente: "Não comento o que dizem os comentadores", embrenhou-se em explicações desnecessárias. Logo o Marcelo ameaçou responder, no próximo domingo.
Que interesse tem isto para as pessoas?»

--- x ---  
«[…]
o dr. Seguro precisa de um milagre, os saudosistas do eng. Sócrates precisam de uma esperança, nós precisamos de paciência e o País precisa de um PS com juízo [não esquecerei tão cedo o que o Alberto Gonçalves acaba de dizer que o País precisa], por oposição a um bando de histéricos cuja abstinência aguda de poder os convenceu de que as causas da crise são o remédio da crise. Caso contrário, espera-nos o destino dos alienígenas de que descendemos.»

--- x ---

«António José Seguro está reduzido a uma espécie de Mário Castrim: como não consegue lutar contra o programa da troika, dedica-se a lutar contra um programa de televisão.»
No editorial da Sábado de hoje.
--- x ---

Votar como tenho, em quase todos os sufrágios desde 1975, votado no Partido Socialista [os outros, mas sobretudo o PPD/PSD, o BE, o CDS/PP e o PCP são muito piores] não me inibe de ver que, por exemplo, o Tozé Seguro é uma coisa tão má que nem pesadelo chega a ser; que o Carlos Zorrinho não presta ou que a diáfana tagarela, perdão, tagarêla, Maria de Belém Roseira não presta, perdão, prêsta. E assim sucessivamente.

Quanto ao Marcelo Rebelo de Sousa, diria que continua o rico e jorrante palhaço talentoso de sempre, em moto perpétuo, invariavelmente próximo da invertebrabilidade e do seu quase contrário.
Mas, lá está, nada nos próximos séculos podendo vir a ser pior do que o Cavaco, não hesitaria na cruzinha se tivesse de votar no pândego professor Marcelo para evitar o funesto dr. da Silva.
_______________________
* Ia para pôr “O PS vai seguro e não formoso” quando me ocorreu a alta eventualidade de que outros tivessem já glosado, por hipérbato, o clássico e célebre mote. De modos que googlei – o Google é um motor de prudência –, encontrando 6 ocorrências de vai seguro e não formoso, ainda assim bem menos do que seria de esperar. Três delas aludem ao soturno Tozé:
- em 05.Out.2009, uma tal bulimunda em comentário no blogue “A Educação do meu Umbigo”;
- em 17.Jul.2011, Alberto Gonçalves, voilà!, intitulando "Vai Seguro e não formoso" um naco da sua sumarenta prosa dominical no DN;
- em 09.Nov.2011, José António Abreu comentando comentários no “Delito de opinião”.

** Não que Baptista-Bastos não escreva bem, amiúde muito bem, e até que não diga, como na presente lauda, coisas assisadas; mas, por amor da santa, narrativa?
Ainda hoje o Nuno Azinheira, Vitórias e esperanças”, ibidem, «[…] Ao fim de duas semanas de exibição, Ídolos mantém as características que fizeram dele um grande programa de televisão. Do ponto devista técnico, é irrepreensível: muitíssimo bem montado, segue uma narrativa bem construída […]»

Atrelam o pensamento ao psitacismo gárrulo da preguiça e depois querem que os levemos a sério. Porra que é demais! Não se importam de mudar um bocadinho a narrativa do discurso? Só para desenjoar.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Acordo Ortográfico [41]

«Vasco Graça Moura (que a intelectualidade oficiosa viu com desconfiança ser nomeado presidente do CCB), teve a coerência, a coragem e a dignidade de repor em uso no CCB o português que falamos e escrevemos e não aquele a que o Acordo Ortográfico nos quer à força converter. António José Seguro – a quem jamais se conheceu uma causa que fosse – resolveu fazer deste acto de resistência cívica um desafio à autoridade do Governo e do Estado. Se, porém, se desse ao trabalho de pensar para lá da baba política, Seguro poderia meditar sobre a validade jurídica de um tratado que apenas algumas partes ratificaram e poderia questionar-se sobre as razões que levaram Moçambique e Angola a recusarem o tratado que, supostamente, lhes era destinado, antes de mais. E poderia ainda reflectir sobre o teor do editorial do oficioso “Jornal de Angola”, desta quarta-feira, quando se justifica a recusa da aceitação do AO dizendo que “não queremos destruir essa preciosidade (a língua portuguesa) que herdámos inteira e sem mácula” e que “se queremos que o português seja uma língua de trabalho na ONU, devemos, antes de mais, respeitar a sua matriz e não pô-la a reboque do difícil comércio das palavras. Há coisas na vida que não podem ser submetidas a negócios”. Veja, António José Seguro: são as nossas ex-colónias que recusam abandonar a língua que nós lhes levámos e que agora traímos. Quererá você também dar uma lição aos angolanos, nesta matéria?»

sábado, 24 de dezembro de 2011

Caras e caros concidadãos,

apresento-lhes, aqui e agora - tantantantã -,
António José Seguro! 

Não haverá memória de tão fraco líder.
Foi esta empertigada e isoeléctrica mediocridade de nome triplo, atributo patenteado nos viveiros do PPD/PSD, que os socialistas puseram a falar por eles, quando – céus! – até tinham lá um de Assis.
Hão-de pagar caro pelo desvario.

Nesta passagem,
São necessárias políticas que olhem para além do défice, criando riqueza em vez de ficarmos mais pobres, apostando no crescimento económico, no emprego e mobilizando os portugueses. [E as portuguesas, pá?],
mais propriamente na expressão «mobilizando os portugueses», olhei à direita para a árvore de Natal, que parece uma orgia de vivacidade ao lado do funéreo Seguro. Pus em pausa e percebi uma coisa: qualquer arbusto que os socialistas tivessem elegido para os dirigir lhes asseguraria decerto maior elã.  

Eu tenho confiança nos portugueses e nas portuguesas. Esqueceste-te d@s portugues@s, pá.

Caras e caros concidadãos, é com um forte espírito de simpatia  não se diz, foda-se.

A gente sabe que o António José Seguro tem um fraco pela palavra firme e um fraquinho pela palavra forte. Mas isso não dá para nada.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

António José Seguro

«Nunca, em quase 50 anos, conheci um político que se aproximasse tanto de não ser nada como António José Seguro.
[...]
E assim ficámos com um chefe da oposição sem uma ideia na cabeça e com um ar irresistível de seminarista.»
Vasco Pulido Valente, "António José Seguro" | Público, 16.Set.2011

domingo, 11 de setembro de 2011

Portugueses

A minha admiração por qualquer político está longe de aumentar quando ele exorta as portuguesas e os portugueses, sobretudo sendo a mensagem a mesma.
António José Seguro é um desses. Desnecessário, ridículo.

sábado, 6 de agosto de 2011

Pedro Passos Coelho, António José Seguro

«Seguro, como Passos Coelho, é o produto da "cultura de partido" que tomou conta e apodreceu a democracia portuguesa.
[...]
Passos Coelho e António José Seguro. Nenhum se distinguiu pela carreira académica ou profissional. Nenhum deu até hoje qualquer excepcional contribuição à política portuguesa. Cresceram os dois no incubatório infecto das "juventudes" partidárias, que, no PS e PSD, acabaram os dois por presidir. E chegaram os dois, dificilmente, à maturidade na atmosfera de rivalidade e de intriga em que vive, e para que vive, aquela espécie de ambiciosos menores.»