sexta-feira, 26 de abril de 2013

Livros no mercado

«[…] Chorar por uma Feira do Livro que não terá lugar * é um gesto cândido de quem não deu pelo facto de que há feiras por todo o lado e todo o ano […]»
* No Porto

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Abril,

teodiceia das possibilidades do humano

Link dedicado levemente a despropósito a Alberto Gonçalves.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Maria João Pinheiro - Miguel Esteves Cardoso

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No Público diz-se fodido, na Sábado f...; em ambos se diz puta, em nenhum caralho. E como sempre, quem disputa contende.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Sucede

Minutos atrás, recebi a seguinte sms alusiva* aos 60 que faço hoje: «Parabéns Deniz!!!».
Tenha paciência, querida Marília, mas falta uma vírgula; e era escusada tanta veemência!!!!!!!
Ainda anteontem ao almoço fui forçado a mudar para chocos à algarvia por causa de o meleagro das espetadas, de que gosto bué, vir com acento no cardápio - Espetadas de perú.
Viver não está fácil.
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* A humanidade, toda a gente sabe, distribui-se por várias metades: a que não come a pele da alheira e as outras.
Pertenço à metade que come a pele, que  por fortuito e coincidente calhar costuma ser a mesma que diz «uma sms». Os que não comem a pele da alheira, que constituem por casual coincidência a metade que detesta favas, dizem «um sms». Ou seja, pertenço pelo menos a duas metades instruídas de humanos, o que me confere, não desfazendo, uma certa aura apesar de não sei o quê. Vá lá, a três metades, já que adoro favas.
PS1
Fico-lhes muito grato pela lembrança, mas não era preciso terem-se incomodado. O doodle tá giríssimo.
PS2
PS3
Se isto for possessão e povoamento de si, oh vil cagança.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

António Guerreiro de volta aos Peixotos*

«[…]
A figura de José Luís Peixoto neste cartaz publicitário deve chamar-nos a atenção para uma transformação da instituição literária, por acção destes escritores que se dirigem prioritariamente a um “público” e respondem fundamentalmente a exigências externas, o que os coloca na dependência da sanção anónima do mercado. A sua consagração faz-se na rua, na esfera pública mediática.
[…]
esta convivência pacífica com a heteronomia (e já não com a exigência de autonomia literária), esta boa consciência no tráfico da figura pública do escritor, faz com que o Peixoto e todos os seus companheiros (ansiosos por se verem também em mupis de rua) nada tenha que ver com o que dantes se chamava “escritor”, para quem a escrita começa quando o Autor entra no seu desaparecimento, na sua própria morte. Agora, trata-se exactamente do contrário: suprimir a escrita em proveito do Autor. O monopólio da legitimidade literária, isto é, o monopólio da autoridade para dizer quem é escritor e quem não é já não está do lado daquilo a que se chamou instituição literária, com as suas diversas instâncias; está do lado de quem vende Os Lusíadas por interpostos Peixotos; está do lado dos Peixotos, a quem cabe a definição legítima de Camões como escritor.»

José Sócrates, comentador na RTP

Jorge Reis-Sá, “Sócrates, o Animal Feroz| Sábado/Tentações, 18.Abr.2013

Subscrevo, salvo quanto a o homem ter feito infeliz grande parte do País.
De resto, tenho uma simpatia desmedida por esta senhora; tão desmedida que roça um enorme fraquinho.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Psicocoisas

Decreto-Lei n.º 54/2013, de 17 de Abril
Portaria n.º 154/2013, de 17 de Abril
Atenção, people: a partir de amanhã, entrada em vigor [artigos 19.º do decreto-lei e 2.º da portaria], no país e noutras smartshops, dos diplomas supra-referenciados, a cena fia fino com as cento e cinquenta e nove novas substâncias psicocoiso, pero que las hay, l’ASAE [artigo 5.º do decreto-lei], que, da 1) propanamina à 159) cetamina passando pela 70) bufedrona ai que mia peidando, o governo acaba de pôr no índex trá-lari-ló-ló.

Com subida admiração e respeitosos cumprimentos - por quem, Plúvio, a quem? - sei lá, ora deixa cá ver... - talvez plo e ao professor Alberto Pimenta, deste que se assina fica identificado.

terça-feira, 16 de abril de 2013

A nação, a Constituição, o acórdão

«[…] Infelizmente, os três símbolos da nação foram capturados e impostos pelo mau gosto tribunício da Primeira República: a bandeira é a mais feia do mundo, o hino é ridículo e patético, e a Constituição, filha dos filhos da Primeira República, é um texto irresponsável, abusivo e tão grandiloquente quanto pretensioso.

[…]
não percebo e nunca percebi a necessidade e a utilidade de um Tribunal Constitucional
[…]
Quase tudo me afasta das estratégias e das políticas que o actual Governo tem seguido para combater a crise e contra as quais escrevo praticamente desde o início. Mas, neste caso, acho que o Governo tem 20% de razão […]»

domingo, 14 de abril de 2013

Tu quoque, Fernanda

«[…] afinal, parece que só há duas narrativas possíveis: ou Cavaco está, como aliado e garante do Governo, a reduzir o País a cinzas, ou, como cúmplice do TC, a levá-lo à ruína. Só ele para conseguir conciliar ambas.»

Nem a atenta e arguta Fernanda Câncio, que escreve lindamente, escapa à filoxera narrativante.
Quem contaminou o eng. Sócrates?

sábado, 13 de abril de 2013

Crise / Catástrofe

«[...] A catástrofe, bem o sabemos, provoca muito medo, já que se refere habitualmente a algo demasiado grande, devastador e incontrolável. Mas novos horizontes se abririam se ela fosse integrada no vocabulário político, tal como foi integrada na Matemática por René Thom, o autor da teoria das catástrofes, que elaborou um modelo para a análise das transições bruscas, das descontinuidades e das súbitas mudanças qualitativas. Assim, em vez de sermos incitados, pela “catástrofe”, a começar algo de novo, continuamos, pela “crise”, estupidamente imobilizados a olhar para o que nos é imposto como “horizonte inultrapassável do nosso tempo” (foi assim que Sartre designou o comunismo). 
É claro que precisamos da catástrofe e que andamos a perder tempo com a música pimba da crise.» 

quarta-feira, 10 de abril de 2013

30 segundos de Opel Insignia

Gostei de quando, às 22:22 de hoje, a excelente Ana Lourenço informou na SIC Notícias:
Fazemos uma pausa para intervalo. Até já.
30 segundos depois, Ana Lourenço voltou. E assim se fez uma pausa para intervalo, com um já do tamanho dum já e um carro à venda lá dentro.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Alberto Gonçalves

na Sábado.

28.Fev.2013
- “A minoria ruidosa
[Música de intervenção]
- “O farmacêutico
[José Sócrates na Octapharma]
- “Abe por Steven
[Lincoln, de Steven Spielberg]

07.Mar.2013
- “A rua portuguesa
[Que se Lixe a Troika – Manifestações de 2 de Março]
- “Remédios santos
[Octapharma esclarece]

14.Mar.2013
- “Chávez é uma lição
[Dicas a Passos Coelho sobre a maneira de comunicar]
- “Portugal Lorosae

[Portugal, Portugueses, vídeo do Turismo de Portugal]

- “200 por todos” 
[Casa da Música] 
- “E o povo, pá?” 
[Referendo nas Falkland] 
- “O problema do X” 
[Pronúncia do s inicial]

- “Uma fábrica de tolos” 
[Regresso de José Sócrates à TV] 
- “A aldeia nacional” 
[Os nossos visitantes ilustres]

04.Abr.2013
- “A direita portuguesa não existe” 
[Relvas, Sócrates, Soares, Cavaco…] 
- “Sebastianismos” 
[Sócrates]
Não sonegando a parte da minha existência entretida na prosa exímia do dr. Alberto Gonçalves que usa divertir-me e com quem amiúde concordo, começa a raiar o ridículo o lausperene de animadversão anti-socrática, passe o oximoro, em que o dr. Alberto Gonçalves parece vidrado, como se a inexistência do eng. Sócrates retirasse sentido à existência do dr. Alberto Gonçalves. Por outro lado, em enxurradas de ódio descabelado como a de 04.Abr.2013, choca-me, por parte do sociólogo presumivelmente lúcido, a condescendência para com um videirinho pateta como Relvas ou um bronco despeitado como Cavaco em cujo séquito de fâmulos e bajuladores medrou, nos seus longos consulados, o maior banditismo deste país. [Relvas abusou um bocadinho das equivalências universitárias  … uma história esquisita de espionagem … Que candura, dr. Alberto Gonçalves.]
Quanto à incolumidade de Soares e adjacências, check.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Rogério Casanova

na LER de Abril de 2013:

1.  “Pastoral Portuguesa
- História paquidermicamente incorrecta da literatura universal
- ‘Consultório literário’ – 500 chimpanzés

domingo, 7 de abril de 2013

... e do espírito

santo. Ámen.

Ler para se ser livre

«Na semana passada, graças a um ex-primeiro-ministro que regressou para contar as suas fábulas, com as quais tentou relativizar ou destituir de verosimilhança as fábulas engendradas na sua ausência, até os mais ingénuos perceberam que vivemos sob o domínio do imperialismo narrativo […]»

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Instrução de instrutores

Às 22:28 de ontem, no programa "Política Mesmo" da TVI 24, a dra. Helena Matos, historiadora, jornalista e antiga professora, disse, referindo-se ao CDS bailarino,
«sem qualquer sentido prejorativo».
Às 23:14 e às 23:16 de ontem, na "Edição da Noite" da SIC Notícias, o Professor Doutor Nuno Crato, ministro pinículo da Educação e Ciência disse, respectivamente, a propósito das relvíneas habilitações académicas e da lei de Bolonha,
«caixa de Pandôrra» [ôrra]. 

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Acordo Ortográfico [79]

Vasco Graça Moura, “Os donos da língua” | Expresso, 29.Mar.2013,

reage a

Margarita Correia, “O português na encruzilhada” | Expresso, 02.Mar.2013.