segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2012

e assim recessiva e sucessivamente, sem links nem anexos nem etiquetas nem ponderação:

Desgraça- Aníbal Cavaco Silva, Pedro Passos Coelho, Miguel Relvas, Paula Teixeira da Cruz.
Pesadelo- António José Seguro.
Ranço- doutor Mário Soares, doutor Manuel Carvalho da Silva, doutor Boaventura de Sousa Santos.
Mais ranço- Dom José Policarpo, Dom Manuel Clemente, Dom Januário Ferreira, Dom Manuel Martins.
Ruína- PCP, BE [delas e deles], Arménio Carlos da Carris.
Embuste- Futebol, Maya, Marcelo, não desfazendo.
Mais embuste- Politólogos em geral, António Costa Pinto em particular e mais em particular ainda dona Maria João Avillez sem falar da fulana da Rádio Renascença – rançus rançorum dii –, Graça Franco, com a ligeira excepção de talvez Adelino Maltez.
Mais embuste tipo Maya- os economistas palradores em geral, não contando os psic e os professores e gestores de recursos humanos.
Melhor de 2012- a persistência nos mercados do atum Tenório.
Mais melhor- de João Quadros a apesar de tudo Herman José, de Ricardo Araújo Pereira a Nuno Markl, de Eduardo Madeira a Alberto Gonçalves e a Ferreira Fernandes, o humor de Portugal.
Pior de 2013 naquilo que já dele se conhece- o afastamento, do e pelo Expresso, de António Guerreiro.
E pronto, não resisti à convenção anual do calendário gregoriano.

Vivam as mulheres portuguesas, vivam!

PS
Tenho votado céptica e regularmente no PS, que tem Francisco de Assis e preferiu o encadernado e penoso Seguro; votei sempre, contra alternativas intragáveis, em Mário Soares por quem não tenho pessoalmente*  um pingo de simpatia. E, claro, não  fossem a música, as palavras e as cores, a par da água e do vento, estaríamos bem fodidos. 
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* Eu disse “pessoalmente”? Eu escrevi “eu”? Caro leitor, perdoe-me se puder.

Já agora, a dado passo da boa entrevista a Fernando Botero, no Expresso/Revista de anteontem, pergunta Alexandra Carita:
- A beleza preocupa-o?
Botero:
- Sem dúvida. Mas a beleza é um termo muito vago e muito preciso ao mesmo tempo. Com a deformação que atribuo aos corpos espero sempre criar beleza. […] O quadro mais belo que existe é de Piero de la Francesca e retrata uma mulher tão deformada que se assemelha a um monstro. É de uma beleza sublime! Para quê pintar árvores, montes e montanhas?
Aqui, ante o leitor perplexo e aguado – que raio de quadro do de la Francesca será, que nem entrevistado nem entrevistadora ajudam a identificar, chiça!? - era dever da jornalista ter ajudado um bocadinho.
Como a Carita não fez o trabalho de casa, tive de fazê-lo. Pois bem: Piero de la Francesca não pintou um único rosto teratológico, muito menos de mulher; donde, o quadro a que Botero se refere só pode ser “A velha grotesca, de Quentin Massys, assim ou assado, etc.
Nada a agradecer, por quem sois.