«Aqui ao lado há um texto sobre a pobreza ["A baixíssima pobreza", António Guerreiro | Expresso/Atual, 15.Dez.2012].
Acrescentemos-lhe como complemento necessário algumas considerações sobre a
riqueza.
[…]
Nesta acepção, vinda das ordens religiosas, os pobres
viviam da sua própria riqueza, da sua perfeição intrínseca. E que riqueza era
essa? A autonomia total, a força imensa de quem não tem nada e não quer nada e,
por isso, escapa à apropriação e à lógica da propriedade. Assim entendida, a
pobreza não se opõe à riqueza, mas à miséria.
[…]»