Não tenho noção precisa do que seja desejar, na parte do muitos, «muitos anos de vida» a quem faz 100.
Mas sei de ciência certa que os bombeiros de Oleiros [olha se houver oleiros em Oleiros...] levam a peito o dodecafonismo serial de Arnold Schönberg e dominam com arreganho a variação de ritmo, compasso e andamento.
Hoje, em Oleiros, a coisa arrancou num veemente Dó maior; chegou às «nossas almas» num Mi bemol em excesso de velocidade, culminando na triunfal «salva de palmas» com um microdeslize tonal de três comas, dois perto do Mi, um a roçar o Ré sustenido num prodigioso efeito de enarmonia.
E assim por ora me despeço, felicitando a senhora e simpática dona Belmira, nascida num sábado aos 03 de Abril de 1920.