«Escritores, jornalistas, professores e alunos reuniram-se na quarta-feira para debater o Acordo Ortográfico, no fórum "Onde Pára e Para Onde Vai a Língua Portuguesa?", Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa. João Bosco Mota Amaral, Miguel Sousa Tavares, Nuno Pacheco e Maria Alzira Seixo pronunciaram-se contra o diploma, na qualidade de “cidadãos da língua portuguesa” - palavras de Miguel Sousa Tavares.
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“Cidadãos da língua portuguesa” sentem-se assaltados pelo Acordo Ortográfico
– Público online [jornalista Ana Freitas], 22.Mar.2013
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defendendo em teoria os benefícios de um AO, devo reconhecer que este AO a que se chegou, após o longo e sinuoso processo negocial que escusado será aqui recordar, tem causado muitos danos à lusofonia que tanto defendo.
Não vou aqui entrar na argumentação mais técnica – sendo certo que sou particularmente sensível, por formação (filosófica) à questão da filologia (“sem filologia não há filosofia”), não é menos certo que a língua portuguesa, antes deste AO, já estava, em muitos casos, longe da raiz filológica. Para mais, tenho, até por razões académicas, uma visão histórica da língua: leio frequentemente textos antigos e constato que a língua já mudou (muito) mais antes do que agora com este AO. Dito isto, não posso deixar de reconhecer que este AO tem recomendações que a mim me causam as maiores reservas.
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