Ontem ao serão, a pastorinha do bonzo de Coimbra esteve, amiúde de mãos postas, na "21.ª hora" da TVI 24.
Gosta menos de cristãos do que de muçulmanos, não usou a palavra "Alcorão", muito menos "Maomé", e nos quase 19 minutos de cavaqueira com José Alberto Carvalho ajeitou o cabelo por 48 vezes numa infrene e libidinosa compulsão tricomaníaca que acabou por ser ao que dei mais atenção. De resto, pareceu-me ouvir-lhe coisas acertadas sobre a hipocrisia no negócio das armas e sobre os 20% de contributo dos EUA para o orçamento da NATO, de que Trump se lamuria, até serem «pouco para quem define a política toda».
No canal ao lado, eram 22h12 quando o bispo Louçã disse, juro, que «foi publicada uma carta de órfãos, filhos dos mortos e das mortas, há 40 anos atrás, naquele 27 de Maio de 1977».
- "O tabu de Francisco Louçã", SIC Notícias, minuto 10:25
«há 40 anos atrás» ainda é o menos. Inadmissível é que se tenha esquecido das órfãs e das filhas.