terça-feira, 6 de novembro de 2012

Coisas que a gente sabe, perdão, sente.

Nunca achei Rão Kyao - acompanho-o regularmente desde que, ainda João Ramos Jorge, tocava jazz num sax tenor nos anos 70 do século passado - um músico genial, sequer excepcional ou mesmo muito bom. Digamos que era um saxofonista tecnicamente limitadíssimo e ele saberia; tanto que se virou para os pífaros.
- E pífaro, Plúvio, toca ele bem?
Benzinho, mas, convenha-se, nada de génio ou sublimidade.
- E como compositor, Plúvio?
Bom, como compositor tudo muda de figura: Rão Kyao é provavelmente o pior músico do universo.
Aí o temos de novo, tónica-dominante-dominante-tónica-vira-o-disco-e-toca-o-mesmo*, autorizando que, ouvido a seguir, Quim Barreiros soe a puro Bach.
- Mas ó Plúvio, nem excelente pessoa?
Lá isso é. E traja a preceito.
Agora, bom, bom, genial é Gonçalo M. Tavares. Por exemplo:
- Finalmente, ó Plúvio, que credibilidade, digamos, têm os teus gostos? Ou saberes, vá.
Ahahahahah! Há quem ria hahahahaha!, mas não é o mesmo riso. E pode tratar-me por você. 
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* Enfim, isso era no vinil, que hoje é mais muda de coiso e toca o mesmo.