- António Costa, demagogo sinusoidal como os outros;
- Tiago Brandão Rodrigues, cientista com certa e determinada missão.
«Acho que as listas do PS — não tenho a menor das dúvidas — representarão plenamente a unidade de todo o Partido Socialista, com certeza, mas acho que, mais do que a unidade do PS, uma grande abertura das listas do PS à sociedade.
[…]
Entre todos, gostaria de destacar, pelo seu carácter simbólico, o doutor Tiago Brandão Rodrigues que lidera na Universidade de Cambridge uma investigação de ponta na área da detecção precoce do cancro, e que é talvez um dos excelentes símbolos desta geração mais qualificada que tem tado a sofrer uma emigração e que, ao disponibilizar-se para vir encabeçar a lista do seu círculo de naturalidade, Viana do Castelo, demonstra bem como o país não pode desistir desta geração mas tamém que esta geração não desistiu do país. E acho que este é um excelente exemplo do esforço que temos de fazer para recuperar esta geração e esse é um grande sinal que temos de dar à confiança do país.»
«[...]
aos 38 anos, troca a sua carreira como investigador de bioquímica na área da oncologia na Universidade de Cambridge pela candidatura como independente nas listas socialistas à Assembleia da República.
[...]»
A ver se percebo. Como o jovem doutor bioquímico Tiago tem tado a sofrer uma emigração — oh se tem! —, António Costa oferece-lhe a oportunidade de, com bem-estar incomparável, vir, para "não perder a mão", investigar o cancro precoce na bancada do PS. Temo que venha demasiado tarde.
Pressente-se que Costa só descansará da porfia de recuperar esta geração quando estiverem enfiados no parlamento, a fazer ciência, todos os cientistas com menos de 40 anos. Quanto ao jubilado Alexandre Quintanilha [09.Ago.1945], afigurando-se já pouco recuperável, é de crer que ainda possa dar uma ajudazinha especializada ao doutor Brandão Rodrigues na detecção de coisas malignas no hemiciclo da democracia.
Viva a Ciência! Viva Viana do Castelo! Viva o Porto! Viva Portugal!
O cancro que espere.
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Quatro cabeças, afinal. Mas tudo isto é simbólico.