Quem nos protege de tanta incompetência?
Agora do jornal i que, na edição deste fim-de-semana, 25/26.Jul.2015, dedica vistosa página do caderno "B.I." a uma brasileirice mixuruca, disseminada na net há mais de 15 anos
— Pedras no caminho? Guardo todas. Um dia vou construir um castelo... —,
atribuindo-a a Fernando Pessoa com cujo retrato ilustra a moldura, nisso seguindo acéfala e levianamente a legião de impostores e incautos que difundem e engolem qualquer patranha, adrede etiquetada com as prestigiantes autorias do costume [Einstein, Vinícius, Pessoa, Oscar Wilde, García Márquez, Neruda, Clarice Lispector, Marx, Nietzsche, Mia Couto, etc., etc.], que se lhes apresente como pensamento luminoso, tenha ele o brilho dum fósforo apagado.
Veja-se, a propósito das mesmas pedras pseudopessoanas, a sova merecida que a doutora jornalista Laurinda Alves, mulher de fé, levou no Público em Abril/Maio de 2007.
Entre outros amantes da sabedoria e sequazes do rigor, ainda há pouco, no Expresso de 11.Abr.2015, tivemos o exemplo do doutor Afonso Carvalho, da APESPE, virtuosa associação, a untar-se nas ditas pedras que, por seu lado, achara, inebriado, nos umbrais sapientíssimos da — dobra a língua, Plúvio! — senhora Professora Doutora Maria José Chambel.
Quem nos protege, enfim, de tão intrujada e intrujona gente?