terça-feira, 14 de julho de 2015

Português atropelado à porta do ISCTE

«Depois de tantos contributos negativos que deu, de tantos entraves que colocou para que houvessem os acordos, se à vigésima quinta hora deu alguma ajuda, mais vale tarde do que nunca.»
António Costa, esta tarde, em Lisboa, à saída de uma homenagem ao antigo ministro da Ciência, José Mariano Gago, falecido em 17.Abr.2015.

oportunidade país . esperança futuro . novo impulso convergência . e pá'ver um novo impulso convergência . pá'ver melhores condições . na raiz da sua fundação . mas tamém na compreensão . olhar Grécia . infelicidade pá'lguém . pás eleições legislativas . aquilo que (sic) os portugueses podem tar certos

Quis ainda ter dito o nosso aspirante a primeiro-ministro, licenciado em Direito, mas não disse porque só muito defeituosamente se consegue aproximar dos seguintes vocábulos:
personalidade  .  percepção  .  modernização  .  mobilização  .  construção  .   elaboração

«A percepção [garanto que António Costa não disse, nem de perto, percepção] de que o conhecimento é a chave desenvolvimento do país e que se Portugal quer voltar a crescer, voltar a criar emprego, tem que investir nas várias fileiras da política do conhecimento. Tem que investir na educação, tem que investir na formação, tem que investir na ciência, tem que investir na modernização tecnológica [garanto que António Costa não disse modernização], tem que investir na inovação. E essa é a chave nosso desenvolvimento.»
Idem, ibidem

E a fileira da língua portuguesa que se foda. As investidas públicas do doutor António Costa contra a língua começam, sem demérito das estimáveis (algumas) causas e razões que nela veicula, a tornar-se um perigo sério para a saúde pública.
Em comparação, o pinículo Passos Coelho, do sejemos e do estejemos, parece exprimir-se num português de lei.
Tamos condenados. Insisto: o pior é que pode haver crianças a ouvir.