quarta-feira, 13 de abril de 2016

1950 — Mais minuto, menos minuto

"La mala hora", romance de Gabriel García Márquez [06.Mar.1927-17.Abr.2014], foi publicado pela primeira vez em 1962, em Madrid, à revelia do autor. Só em 1966, no México, haveria de ser publicada a 1.ª edição "autorizada".

«[...]
El alcalde caminó hacia la puerta ajustándose la funda del revólver. Viéndolo alejarse, el juez Arcadio pensó que la vida no es más que una continua sucesión de oportunidades para sobrevivir.
[...]»

2016, em Lisboa, "cidade de acolhimento": 
«A vida é uma contínua
sucessão de oportunidades
para sobreviver.»
Gabriel Garcia Marquez
1950
PÓS SEGUNDA GUERRA MUNDIAL»

Espera-se que Lisboa trate os refugiados que acolhe com mais cuidado e atenção do que trata as pessoas que julgam aprender coisas certas na propaganda medínica que afixa nos passeios.
No mupi,
- faltam dois acentos no nome do autor da frase – desleixo desrespeitoso e feio; 
- em 1950 faltavam, no mínimo, 12 anos para a frase de Gabriel García Márquez ser citável.
Ou seja, pelas minhas contas o doutor Fernando Medina anda a pagar a burros.

Ainda assim, nem tudo está mal no cartaz: em 1950, a Segunda Guerra Mundial já tinha terminado — mas não a terceira e seguintes, havendo seguintes — e a tradução da frase afigura-se fiel.
Ah, e a iniciativa da câmara parece bonita e socialmente estimável.
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Então, Plúvio, e o corpo de delito?