Depois de em apenas 35 dias de consulado ter intervindo em todos os azimutes, do Vaticano ao Barreiro, ter estado em todos os velórios, patrocinado todos os acontecimentos políticos, económico-financeiros, culturais, sociais, religiosos, desportivos, recreativos — talvez falte uma corrida de toiros… —, ter sentenciado e botado faladura sobre tudo e mais um par de botas [botado botas?], eis que o nosso presidente-arlequim aos costumes diz nada.
Pudera! Sabido, cartilagíneo e flutuante como ninguém, ia lá Marcelo alguma vez opinar publicamente contra ou tão-só desalinhado dos que verdadeiramente determinam a engrenagem e timonam a opinião e a comunicação de massas? Marcelo tudo fez e fará para ganhar e se manter nas boas graças do futebol, da religião, de Cristina Ferreira, da maçonaria, do jugular, dos prosélitos e sequazes de todas as confrarias do politicamente correcto, da paneleiragem e do fufedo, que são quem condiciona o episódio em causa, organizados com perpétuo «orgulho» — assim falam, assim se proclamam — sob o diktat incontrariável [banido da sanidade social quem se atreva] de presuntiva superioridade antropológica ó Plúvio e se te calasses já que o presidente se calou?
Marcelo Rebelo de Sousa é um incontinente frenético estonteante; tonto, jamais. Mas, não tarda, terá O Eixo do Mal a pedir-lhe gravitas.
Não, não tenho saudades de Cavaco; muito menos de Mário Soares.
Ai de mim.