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os professores têm sido submetidos – sem tréguas e desde há muitos anos – ao tratamento mais ignóbil a que uma classe profissional pode estar sujeita. Se quisermos utilizar um termo genérico para designar o que lhes foi infligido (para além das “sevícias” – da parte dos alunos, da parte dos pais – a que ficaram expostos a partir do momento em que lhes foi retirado todo o domínio) temos de falar de uma progressiva, sistemática e programada proletarização. Em que é que ela consiste? Numa total perda de autonomia, até ao ponto em que a actividade do professor deixou de ser uma actividade intelectual. A partir desse momento, a autoridade do professor – que, aliás, para existir é necessário que esteja integrada num sistema que a detenha - ficou completamente arruinada. O sinal mais óbvio dessa proletarização – aquele onde ela é exibida pela máquina governamental com uma clara intenção de humilhação – é o horário de trabalho.
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