sábado, 16 de setembro de 2017

Sagradas escrituras e grafologia

«Para que cada pessoa possa aferir por si própria, sem retórica ou argumentação», o doutor Fernando Medina, genro deste antigo ministro de Sócrateso maior incompetente do mundo», Marcelus dixit], presidente da Câmara de Lisboa e candidato a continuar a presidi-la, vem, num exercício patético com o seu quê de ridículo — «Tive como motivo ter residência próxima da família, para bem-estar de todos.» — de "TRANSPARÊNCIA" aparente, sem data, em 12 pontos e com sete anexos, contrariar esta notícia alegadamente malévola sobre rendosos negócios seus.
Íntegro e probo, alheio e imune a compadrios, cambalachos e favores, o edil alMedina  aspira aos altares.
Confesso-me comovido.
Mas o que mais me tocou, a mim que me pauto por estritos critérios de ciência e objectividade, foi a portentosa assinatura que nos é revelada no "CONTRATO DE COMPRA E VENDA E MÚTUO COM HIPOTECA" [com hiatos a dar com um pau: entre a página 1 e a página 2 salta do "TERCEIRO" para a "Quarta"; entre a página 3 e a página 4 salta da "Cláusula Terceira" para a "Cláusula Quinta"; entre a página 4 e a página 5 salta da "Cláusula Quinta" para a "Cláusula Oitava"; entre a página 5 e a página 6 salta da "Cláusula Nona" para a "Cláusula Décima Segunda"; entre a página 6 e a página 7 salta da "Cláusula Décima Segunda" para a "Cláusula Décima Quarta"; entre a página 7 e a página 8 salta da "Cláusula Décima Quarta" para a "Cláusula Décima Sétima"; e culmina com um "TERMO DE AUTENTICAÇÃO" coxo e amputado entre a página 9 e a página 10; mas toda a gente sabe que a transparência é uma saltitona endiabrada...], na página 8, a fechar a "Cláusula Décima Sétima":
Repare-se na assinatura de Fernando Medina Maciel Almeida Correia. Que projecção, céus!, que animal determinado, que ambição, que cagança!       

A propósito,
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É delicioso perceber a participação de Luís Vargas na "TRANSPARÊNCIA" - Anexo B / "Propriedades do documento".
A tratar-se de Luís Vargas do "Geringonça" é porque se vai cumprindo a ordem natural das coisas. Afinal, Medina não «precisa de todos»?