sexta-feira, 13 de setembro de 2013

"O fascismo da língua"

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O fascismo democrático contemporâneo manifesta-se de muitas maneiras […], mas nenhuma delas é tão visível como a deformação, a simplificação e o empobrecimento da língua, responsáveis por uma generalizada degradação da vida pública.
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É, aliás, significativo que alguns críticos mais indulgentes, perante a afirmação de Passos Coelho de que a Constituição não fez nada por novecentos mil desempregados, o tenham aconselhado a nunca fazer discursos longos improvisados, o que corresponde à ideia orwelliana de que o falante da novilíngua “faz fluir o discurso articulado pela laringe, sem nenhuma implicação dos centros cerebrais”.
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