sábado, 26 de dezembro de 2015

Eu. O óbvio óbvio?

Peço desculpa por não vir aqui tanto. É que tenho sempre muitas palavras ao lume.
Por exemplo, estas que tinha e sirvo ainda a escaldar.

Tudo começou, não na concepção, não no nascimento — desse ponto de vista, aliás, nada começa ou termina, tudo é continuação — , mas quando me dei conta. Aí é que foi e daí não há recuo. Dizemos eu e sabemos, ou julgamos saber, do que e de quem se trata. Estamos fodidos.
Eu é uma coisa sussurrante delimitada pela minha pele e pelos meus pêlos pppp. Mais nada parece haver, até que, dentro do caixote oblongo, tenha perdido definitivamente o meu ponto de vista.
Enterrar ou queimar *, eis a questão.
Simples.
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* E jazigo, Plúvio?
Não seja por isso.«Enterrar, guardar ou queimar, eis a questão».