«António Guterres foi oficialmente confirmado como secretário-geral das Nações Unidas. Cristiano Ronaldo conquistou, pela quarta vez, a Bola de Ouro. Dois importantes acontecimentos que premeiam a qualidade excepcional de dois portugueses obstinados em escapar à trilha imposta pelas circunstâncias dominantes e colocar-se no plano em que estão algumas das grandes figuras que marcaram os destinos comuns.
[...] Sou daqueles para quem as vitórias dos que conheço ou prezo constituem alentos pessoais. Tenho passado a vida nisto: a bem-dizer os que, pelas virtudes próprias ou pelos méritos pessoais, amarinharam pelas rudes escadas que lhes eram apresentadas.
[...] Segui, à distância, a desenvolta carreira do homem. E acho que ele merece o que conquistou. Nunca fez ondas demasiado altas, e, de palavra, foi sempre cuidadoso e prudente, movendo-se com destreza e extrema habilidade. Que Deus Nosso Senhor o proteja e continue a iluminá-lo.»
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«[...] Está-lhe no sangue este tipo de indecisões e evasivas.
[...] Deu provas suficientes de ser um espírito hesitante, temeroso, com escassa coragem para enfrentar contrariedades, as mais minguadas, e sempre predisposto a escapulir-se, sem pudor nem dignidade, como o fez quando se demitiu do Governo. Conheço o homem há anos, das conspirações no gabinete de Soares Louro, na Cinevoz.
[...] fez-se à vidinha e andou por aí, com o rosto compungido, a fazer ninguém sabe o quê, diz que a favor dos expatriados.
[...] António Guterres detesta problemas. Deseja é mel e leite e o exercício de funções pacíficas, bem remuneradas e sem atritos de maior. [...]»
"O candidato que não é" | Correio da Manhã, 15.Abr.2015
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«[...] É um burocrata sempre cheio de medo, que possui do socialismo um conceito difuso de água-benta. [...]»
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«[...] À menor contrariedade foge espavorido, como se viu quando perdeu as eleições municipais, e refugiou-se num chamado Alto Comissariado para os... Refugiados.
[...] Guterres está longe de ser o homem que o momento exige. Carece de carácter, é um espírito flébil, pouco consistente e indeciso.
[...] demonstrou ser ressentido, rancoroso e vingativo, quando saneou Vasco Graça Moura das funções de comissário para as Comemorações dos Descobrimentos, porque o escritor criticava, publicamente, a política do Governo.
[...] acabei por votar nele, fui enganado, fiz o que tinha a fazer, não oculto um certo desdém que por ele embalo, e não encontro nenhuma virtude que o recomende à Presidência. [...]»
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