Pago e leio o Público desde o primeiro dia, 05.Mar.1990.
Apesar da urticária que me causa a capelania militante-bloquista-wokista instalada no jornal, continuo a não prescindir do Público. É o melhor diário português. E não ter encarneirado na ortografia do acordês não é virtude menor.
Não senti grande perda na oxigenação das minhas leituras com a saída de Rui Tavares, faz três semanas, da última página do Público, mas pressenti o pior ao saber que a inquilina daquele espaço, às segundas, quartas e sextas, passaria a ser a advogada Carmo Afonso, de resto amiga e compincha, de matiné e cabaré, de RT.
O pior nem seria o catecismo; o pior mesmo é que a colunista activista Carmo Afonso — pessoa que existe, existe, existe..., adorada no eixo bajulador salivante Lux Frágil-Campo de Ourique, faixa da esquerda — não vale um traque furado.
Todo o gorduroso intróito para uma confissão que não adivinhava vir a fazer tão cedo: à 2.a semana de ocupação da última página do Público pela viuvinha perpétua do Manel, tenho saudades de Rui Tavares. Pelo menos não é burro e sabe escrever.
O que passou pela cabeça de Manuel de Carvalho ao contratar uma encomenda destas que, ainda agora começou, já denota não saber bem do que falar e cresce em disparate de crónica para crónica?
Calculo que a Ucrânia ajude pouco ao discernimento de tão luminoso bestunto, mas há limites para a ignorância atrevida, chiça!
Queira o leitor paciente dar uma olhada na peça de hoje, "Às armas, às armas nucleares", a que agreguei cinco comentários, ainda o dia vai a meio, representativos da reacção à indigência da colunista, um dos quais — de Francisco Assis, que não é propriamente asno — valorizo especialmente:
«Uma redacção da quarta-classe onde não falta nada: desconhecimento da matéria, erros ortográficos, pobreza linguística, representação infantil da realidade, desconhecimento das regras mais elementares do pensamento lógico. O Público anda a brincar com os seus leitores.»
Francisco José Assis Miranda, 02.Mar.2022, 08h38.
A colunista Carmo Afonso não prestigia os pergaminhos do Público.
Quem paga mereceria muito melhor.