«Aproveite. Faça valer os seus direitos.»
grátis, GRÁTIS, GRÁTIS, os tomatis! Esta gente não dá nada a ninguém. Vende tudo, vende-se toda. Mercantilismo apurado; o doutor Google nunca é inocente — e a Deco Proteste pagará para que o não seja — na ordem e quantidade em que devolve os resultados da pesquisa...
Com decepção profunda, a exemplo de Mário Frota, hoje em dia vejo na DECO - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, em cujos alicerces participei e a que me mantive ligado até 2008, uma organização umbilicalmente enredada nas regras e na semântica do mercado, promovendo, com beneplácito da comunicação social acrítica e serventuária, mais do que tudo o seu próprio e conspícuo sucesso. Diz que vai em 400.000 associados...
«Há mais de 30 anos, sempre do seu lado, a Deco Proteste faz diariamente sua missão a protecção dos seus direitos e de todos os portugueses.»
Ouvir este palavreado numa telepromoção (sic) de Cristina Ferreira só pode soar-me a excrescência promíscua. Tenho de 'defesa e direitos do consumidor' uma noção antagónica da que a Deco Proteste reclama em pleno Big Brother.
'Direitos de todos os portugueses' a minha imaginação não consegue alcançar, mas aposto em que é coisa que muito preocupa e ocupa diariamente o pensamento dos marqueteiros da Deco Proteste.
Má língua de parte e reflectindo um pouco mais, se calhar o melhor é aproveitar mesmo da generosa e desinteressada missão da Deco Proteste: envie uma sms para 4310, digite DECO e boa sorte.
Ainda assim, previno: se depois não lhe largarem a labita, o telemóvel e a caixa do correio, a culpa não é do Plúvio.