Nuno Artur Silva, bom, talentoso e divertido moço, a quem devemos inúmeros
momentos de televisão não estupidificante, inteligente, culta e bem humorada [Produções
Fictícias, Canal Q …], tentando citar um verso esplêndido da nossa poeta maior, disse
exactamente o seguinte a abrir o "Eixo do Mal" especial da semana passada — 40.º aniversário do 25 de Abril —, transmitido do Teatro do Bairro, em Lisboa:
«25 de Abril, o
dia inteiro, inicial e limpo, na frase absolutamente lapidar de Sophia de
Mello Breyner Andersen».
Perdeu uma oportunidade absolutamente lapidar de
ficar calado. A frase não é assim; o último apelido de Sophia não é aquele.
Rigor nos nomes e nas citações, requisito básico da
higiene comunicacional. Ou não?
Nuno Artur Silva, antigo professor de Português, continua a dizer à última da hora, mas isso é lá com ele; o povo já nem nota.
Nuno Artur Silva, antigo professor de Português, continua a dizer à última da hora, mas isso é lá com ele; o povo já nem nota.