sexta-feira, 2 de maio de 2014

Livros

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as livrarias são campos de batalha onde se combate por espaço e visibilidade (daí que os livros pareçam tanques de uma guerra carnavalesca, muito colorida) e porque o analfabeto secundário só se detém naquilo que é suficientemente tagarela e conspícuo. Não lhe bastam as virtudes do livro que abriga nas suas páginas uma palavra adormecida que o leitor vai – ou não – despertar. É preciso ter a sensação de que está a comprar uma “coisa” imediatamente mensurável e que se oferece a uma apreensão pelos sentidos, pois, para ele, a mercadoria é o último nome do Bem. Estes tijolos servem para alimentar as fontes morais do valor, em que o Bem coincide sempre com a matéria e tem residência fixa nas “coisas”.»