sexta-feira, 3 de março de 2017

Mas não é só o escritor Miguel Sousa Tavares que tem problemas com o infinitivo flexionado*

Por exemplo, o bom Miguel Esteves Cardoso:
«Foi como se almoçássemos lautamente para tirar a imensa fome, para podermos dedicarmo-nos, com objectividade, ao trabalho de lembrar refeições ainda melhores.» [podermos dedicar-nos

«O mínimo que podemos fazer é envergonharmo-nos de sermos cúmplices de tanta crueldade [envergonhar-nos de ser cúmplices

«Pensamos que estamos a actualizarmo-nos ou a mantermo-nos informados mas o que estamos a fazer é a participar em passatempos.» [estamos a actualizar-nos ou a manter-nos

«Porque estamos a divertirmo-nos.» [estamos a divertir-nos

E o melhor, como se proclama, insuperável escritor, António Lobo Antunes, que tal é ele de gramática?
«Por favor, leiam-no [ao José Cardoso Pires]: é uma imensa prenda que darão a vós mesmos.» [leiam-no ... darão a vocês mesmos   /   lede-o ... dareis a vós mesmos

«Não sei porque carga de água» [por que carga de água]

«não são capazes de saírem à nossa frente» [capazes de sair]

«A casa cresce, o número de degraus da escada do jardim para o primeiro andar aumentam.» [o número ... aumenta]

«Também não entendia porque motivo o Mundo era meu inimigo.» [por que motivo]

Que porcaria de professores de Português teve esta gente?
Para piorar as coisas nem revisores há já para acudir.
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