sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Michael Lewis

«De todos os livros sobre a crise económica global, Michael Lewis escreveu talvez os dois melhores. O primeiro, “The Big Short” (2010), reunia uma série de perfis sobre um quinteto de excêntricos que antecipara o colapso e ganhara dinheiro com isso. O segundo foi publicado no início do mês com o título “Boomerang”, mas foi sendo escrito ao longo de três anos nas páginas da “Vanity Fair”, que soube propor o negócio certo ao homem certo: aproximadamente de seis em seis meses, enviá-lo para uma nação à beira do abismo, com a missão de enviar um postal ilustrado sobre o passo em frente. Os resultados foram extraordinários.
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Islândia, Irlanda, Grécia. Há uma ausência notória nesta lista, que os adeptos ainda aguardam com expectativa. Só podemos sonhar com o que este intrépido turista de abdominais bem delineados faria com material tão promissor como o bunker de Oliveira e Costa na Vidigueira, ou a aritmética acrobática da Pérola do Atlântico.»
Rogério Casanova, “Turismo pós-apocalíptico” | Público/Ípsilon, 21.Out.2011