«Momentos.
[…]
O momento glorioso em que o sangue se acelera na certeza de que sim, fomos reconhecidos, e sim, talvez. E o seguinte em que, sem ir mais ao baralho, aceitamos expor a nossa mão e ver a do outro.
É a partir daí, quando se torna mesmo perigoso, quando tememos ficar sem rede sobre o abismo, que respiramos fundo.
[…]
Há então uma manhã – é sempre de manhã, não é? – em que tudo o que nos surgia magnífico, exacto, sem mácula nem reparo, arranha, abre fissuras.»