Que tal se o professor Cavaco respondesse com a simplicidade e a clareza dos mortais às seguintes perguntas que continua a ignorar assobiando para o lado ou fingindo-se de morto?
«[...]
- A sua campanha nas presidenciais de 2006 foi financiada por onze pessoas com ligações ao BPN. Sente-se comprometido por esse facto?
- Na mesma medida, sente-se incomodado pelo facto de um conselheiro de Estado, por si nomeado (Dias Loureiro), estar a ser investigado em processos judiciais relacionados com este banco?
- Nas acções que comprou e vendeu à SLN, o negócio partiu de si ou foi-lhe proposto por Oliveira e Costa?
- Entre o cidadão Aníbal Cavaco Silva e a SLN havia algum contrato de recompra de acções?
- Após ter enviado uma carta ao presidente da SLN solicitando-lhe a venda das acções, entrou em contacto com José Oliveira e Costa para discutir preços de venda das acções ou este definiu, unilateralmente, o valor?
- Comprou acções da SLN a um euro? Como foi estabelecido o preço?
- Foi cliente do Private Banking?
[...]» - Diário de Notícias, 29.Abr.2012
Extraordinário e meritório trabalho; parabéns, Diário de Notícias!
Confrange e deprime como nos últimos 27 anos, os portugueses, enfim, grande parte deles, escolheram por cinco vezes - primeiro para conduzir a governação, depois para mais alto magistrado e comandante supremo – o epónimo deste devastador e desgraçante esterquilínio cavaquista. [Ver página 17 do DN de 29.Abr.2012]
Portugal é, decididamente, um país de gostos pouco recomendáveis; e decerto com alguns azares.
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«Não sei porque se incomoda ainda Cavaco Silva a tentar explicar (sempre em comunicado, jamais em contraditório)*, a história das suas exemplares relações com o defunto BPN, do seu ‘ex-ajudante’ Oliveira e Costa. Por mais que S.ª Ex.ª se incomode a reagir de cada vez que os factos são relembrados, não há nada mais que ele possa esclarecer. Nós já percebemos tudo. Pode crer que percebemos.»
* Ver página 15 do DN de 01.Mai.2012