é o
exemplo típico de alguém que não tem autoridade sobre as suas palavras,
pelo que estas, crianças grandes que são, fazem dele gato-sapato
partidas. O resultado é uma espécie de síndrome de Tourette em versão soft:
palavras impertinentes emboscam-se-lhe, sem ele dar conta, na laringe
e, na primeira ocasião, quando o discurso já vai em velocidade de
cruzeiro, saltam-lhe boca fora fazendo-o dizer inconveniências que, em
país mais exigente em relação aos seus políticos, já lhe teriam feito
perder o assento etéreo onde alguma divindade com duvidoso sentido de
humor o fez subir.
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