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Se a palavra “indústria” encontra ainda o seu lugar, é para sugerir que é a consciência que é induzida, instilada, mediada e reproduzida – mas não produzida – industrialmente. Segundo esta concepção, chamar-lhe “indústria cultural” só serve para esconder e fazer parecer inócuas as consequências verdadeiramente “culturais” do funcionamento da indústria da consciência. E é isto que, como um laboratório, sem comparação com um supermercado – onde se explora um impulso e não uma consciência induzida –, nos mostram hoje as livrarias.»
António Guerreiro | Expresso/Atual, 21.Abr.2012
Se a palavra “indústria” encontra ainda o seu lugar, é para sugerir que é a consciência que é induzida, instilada, mediada e reproduzida – mas não produzida – industrialmente. Segundo esta concepção, chamar-lhe “indústria cultural” só serve para esconder e fazer parecer inócuas as consequências verdadeiramente “culturais” do funcionamento da indústria da consciência. E é isto que, como um laboratório, sem comparação com um supermercado – onde se explora um impulso e não uma consciência induzida –, nos mostram hoje as livrarias.»