«Do enunciado da prova de avaliação dos professores dir-se-á que é estúpido, humilhante, testemunho de
infantilização; dir-se-á ainda que não se consegue perceber o que tal prova
pretende avaliar. São críticas justas, mas não chegam ao fundo da questão. É
preciso perceber o que está no princípio, isto é, o regime de verdade da
avaliação – esse novo dispositivo que mostra que a verdadeira arte política do
Estado é a estatística. […] Fazendo da avaliação o seu significante-mestre, Nuno Crato é o maior
sofista deste governo. A sua simples presença já passou a ter o efeito de
avaliação de todos os seus colegas: uma equipa de
amadores.
[…]»