segunda-feira, 16 de maio de 2016

AmesTerDão – Frivolidade sem túlipas

José Rentes de Carvalho vive há 60 anos em Amesterdão. Sabe do que fala:
«irrita-me a forma portuguesa Amesterdão, que, embora oficial e antiga, é totalmente pacóvia; Amsterdam, originalmente Amsteldam, significa o dique, dam, do rio Amstel.»

Fique, pois, por conta da pacovice a singular e rara reunião numa só cidade, holandesa, de três formas portuguesas de três poderosos verbos:
- de amar, a segunda pessoa do singular do presente do conjuntivo;
- de ter, o infinito impessoal;
- de dar, a terceira pessoa do plural do presente do indicativo.

Sem mudar de terra, mudemos de língua.
«[…]
Puis se lèvent en riant
Dans un bruit de tempête
Referment leur braguette
Et sortent en rotant
[…]
Et quand ils ont bien bu
Se plantent le nez au ciel
Se mouchent dans les étoiles
Et ils pissent comme je pleure
Sur les femmes infidèles
Dans le port d'Amsterdam
Dans le port d'Amsterdam.» *
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