quinta-feira, 5 de maio de 2016

Acordo Ortográfico [107]

«[...] Nada obrigava o Presidente Cavaco Silva (que, não há dúvida, morre de amores pelo AO/90, que mandou negociar) a aplicá-lo nos Serviços presidenciais [...]»

«[...] Se alguns consideram que a vigência do Acordo em Portugal é inconstitucional (no Brasil esta questão não se coloca), cabe aos defensores dessa tese provocar o exame da matéria nas instâncias. [...]»


«[...] Artur Anselmo acha que há “coisas incompreensíveis e inaceitáveis” no Acordo Ortográfico e lembra a um presidente de “afectos” que não “não há afecto mais forte do que o da língua”. [...]»

«[...] Para vigorar (de jure), impunha a unanimidade de aprovações finais dos sete Países signatários. [...]»

«[...] Chamem-lhe poligrafia, multigrafia, plurigrafia, arbitriografia, o que quiserem. Ortografia é que não. [...]»


«[...] Alterem lá o que vem na capa: em vez de “sétima revisão”, como foi impresso, ponham “oitava revisão”. Clandestina, como o Alien. [...]»


Este constitucionalista, presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar do Sporting Clube de Portugal, afirma-se não linguista nem especialista da língua portuguesa.
Nota-se. 
«[…]
Aquilo que sempre me pareceu óbvio, a despeito de poucos o referirem, é o facto de com o Acordo Ortográfico de 1990 o alfabeto português passar a ter 26 letras, e não apenas 23: o k, o w e o y, estas letras até agora tecnicamente não pertencendo ao português (e só excecionalmente admitidas em nomes estrangeiros) e que só por causa deste acordo lograram ter esse reconhecimento.
[…]
com a mediatização e a globalização do discurso tudo mudou, com o progressivo domínio do código oral sobre o código escrito: por isso, é muito boa ideia não escrever letras que não se pronunciam, até por uma razão de economia de esforços…
[…]»
É de supor que, por economia de esforços, Jorge Bacelar Gouveia só sinta o que palpa e não espantará que apareça um destes dias a liderar a Fundaçãw para o Progressivo Domínyo do Kódigo Grunhido sobre os demais códigos, abrangendo, por economia de esforços e para libertação das prateleiras, todos os de Direito em que, diversamente de na língua portuguesa, se mostra mestre e especialista.
 

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* O Expresso fez ao Faustino a maldade de o pôr a escrever em novortografês: adotado, atuais. Não se faz, é muito feio.