quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Idiossincrasia da combustão

Por razões de segurança esta chamada vai ser gravada.
- Boa noite. É dos fogos?
Florestal, fátuo e de santelmo, marque zero; pirotécnico e de artifício, marque umjeitomanso; circo, marque marcelo; outros, markzuckerberg
- Boa noite, o meu nome é hipocorístico mas pode tratar-me por Elisabete Vil de Moinhos sem acento. Em que posso ser-lhe útil?
- Boa noite, Betty, desculpe, por acaso tem uma frente activa que me dispense?
- Vem buscar ou quer que leve a casa?
- Pode ser, obrigado. Já agora, desculpe, quantos operacionais no terreno têm?
- Cerca de 344. Mas se precisar de meios aéreos, podemos fazer uma atençãozinha...
- E lavra bem?
- Desculpe. Lavra quem, o quê?
- O fogo. Pergunto que tal lavra ele.
- Meu caro senhor,
do melhor que há no mercado,
quais charruas, qual tractor,
quais bois, qual arado!?
- Então pode trazer-me um com a frente activa.
- Juntos ou em separado?
- Se, parando, não vier a polícia, pode ser juntos.
- Bombeiras e bombeiros, se quiser, temos uma promoção...
- Foda-se, Betty, não me dilga que também é da iga.
- Quer-me parecer que quis dizer diga que também é da ilga. Em qualquer caso, desculpe, sou apenas simplesmente correcta.
- Politicamente correcta, terá querido dizer.
- Ou isso.
A1 cortada na Mealhada, teatro de operações em curso.


- Sim, quem fala? 
- Betty. Desculpe, desde há bocadinho. Fiquei a pensar... Você por acaso não é o Plúvio?
- Ai o caralho. Como descobriu?
- Pela pronúncia e por como virgula