terça-feira, 24 de setembro de 2019

Aprendo e rio com Rogério Casanova

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O prólogo consistiu também em directos de viaturas a chegar a sítios. "Rui Rio... chega aqui ao Pavilhão do Conhecimento... vem no carro da frente... e no banco de trás." Emergindo do banco de trás do carro da frente, Rio foi confrontado com um enxame de microfones. "Doutor, sente-se preparado para este debate decisivo?" "Decisivo?", protestou, afagando o crânio de Yorick que trazia debaixo do braço. "Decisivo para mim é um dia quando eu morrer, isso é que é decisivo!" António Costa chegou poucos minutos depois, numa charrete ambientalmente neutra, transportada por oito assessores que usavam os braços livres para abanar caudas de faisão.
Já no estúdio, decorado com runas, triângulos e outros símbolos secretos dos Illuminati, os três moderadores elencaram sistematicamente os temas essenciais ("é um tema essencial, a questão da educação") e os motivos pelos quais esses temas essenciais não seriam de todo aprofundados ("não podemos abordar aqui todos os tópicos").
"Considera estes quatro anos uma oportunidade perdida?", perguntaram a Rio, que respondeu com uma sucessão de perguntas retóricas: "Julgas tu, Horácio, que o grande Alexandre, depois de enterrado, se parecesse com Yorick? O imperial César morto e em pó tornado, pode a fenda vedar ao vento irado?"
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Obrigado, grande Casanova.