domingo, 14 de fevereiro de 2021

Parlamento dividido e um ministro no quadro

«O avanço na vacinação é, aliás, um dos elementos mais relevantes para que os portugueses possam encarar o futuro com maior confiança. O que vai o governo fazer face à falta de vacinas por incapacidade de produção e recusa de suspensão de patentes por parte das farmacêuticas com quem a União Europeia fez os contratos que neste momento amarram o nosso país? Vai ou não o governo avançar com medidas para a diversificação da aquisição de vacinas garantindo a sua disponibilidade em condições de segurança e eficácia de forma a que se cumpram os objectivos definidos no plano de vacinação?»

«A confiança dos portugueses por causa da vahcinação aumentou. Mas as doses já pagas teimam em não chegar. Aumentou a confiança dos portugueses na vahcina, mas para o cumprimento exemplar do plano de vahcinação é necessário que todas as doses de vahcinas já pagas cheguem ao país. Que as condições para a aplicação da vahcina aos portugueses sejam planeadas região a região envolvendo se preciso for as autarquias para o contacto com as populações. E é preciso ainda mais que Portugal avalie a possibilidade de comprar mais vahcinas e a outros fornecedores e deixe de estar dependente apenas das decisões e das opções políticas de Bruxelas.»

Não me lembro de ter ouvido o PEV, organização de representatividade democrática artificial — veríamos o que vale se alguma vez fosse sozinho a votos... —, demarcar-se tão audivelmente da barriga de aluguer, PCP, em que sobrevive.
Quem sabe se para, uma vez sem exemplo, fazer jus à causa ecológica em que alicerça o nome, o PEV profira «vahcina» e «vahcinação» com respeito prístino pela proveniência vacum das ditas cujas. 

Entretanto, oiça-se como demarco, Plúvio por antonomásia, leiriense não comunista nascido 240 km a sul da vimaranense Mariana, diz «vacina» e diz «vacinação» à maneira do PCP.

Nisto da vaca, ia-me esquecendo do Cabrita: 
«E temos vindo aqui desde o início de Novembro a apreciar sucessivas declarações do estado de emergência que têm vindo a ser prorrogadas no quadro daquilo que é* a maior pandemia global, no quadro daquilo que é* uma epidemia que marca hoje no quadro europeu já mais de 20 milhões de pessoas, já cerca de meio milhão de cidadãos só dos países da União Europeia e dos estados associados. É por isso que neste momento, quando verificamos a adequação das medidas tomadas no quadro da resposta ao mês mais difícil desta pandemia em Portugal ...»

___________________________________________