sábado, 12 de fevereiro de 2022

Edite Estrela? Oh, não! [2/2]

Na abalada de Eduardo Ferro Rodrigues, pai de uma das mais fraternas amigas da jornalista Fernanda Câncio,  Posaconazol transfigurou-se em vidente heterodoxo: 
«Vai fazer muita falta porque é um grande senhor, é um grande senhor da política. […] Quem me conhece mais intimamente sabe que o meu modelo de político é o Eduardo Ferro Rodrigues* […] Nunca votei nele nem em listas onde ele estivesse e no entanto é o meu modelo político. A minha admiração vem da postura, da maneira como ele vê a política, da sua falta de azedume, da maneira como olha para adversários, não como inimigos mas como adversários. Um tipo tolerante, intransigente com populismos e outra coisa que às vezes está esquecida, é intransigente com popularichices [...] E é um homem, como eu, como nós, que gosta da vida e dos prazeres que a vida dá. […] Um grande muito obrigado ao doutor Ferro Rodrigues, e é uma pena que ele abandone os cargos políticos.»

À anunciada eventual ascensão a Presidente da Assembleia da República de Edite Estrela, por quem a jornalista Fernanda Câncio nutre admiração vistosa e amizade pública exuberante,  Posaconazol veio-se de indignação:
«Subitamente esta semana apareceu, parecia, um ataque concertado a Edite Estrela. [...] Qual era o problema? Porque é que Edite Estrela não podia ser Presidente da Assembleia da República? [...]   Eu acho que isto é de uma vilania, de uma falta de carácter, repito, falta de carácter, este tipo de ataque que está a ser feito a Edite Estrela, uma pessoa que eu não conheço, que enfim…  — respeitável, que não tem problema nenhum**. Verdadeiramente chocante!»

«Esta perseguição à Edite, feita por João Miguel Tavares, é das coisas mais absolutamente repugnantes que já vi.»

Pedro Marques Lopes, «o meu gorducho» da jornalista Fernanda Câncio, uma plenitude patética.
«concertado», o quê?

Na minha terra usa dizer-se putedo de coisas que tais.
________________________________________
* Ou seja, nos 15 anos de palco mediático em que enalteceu sucessivamente como seus modelos políticos Diogo Freitas do Amaral, Francisco Sá Carneiro, Pedro Passos Coelho, Mário Soares, José Sócrates, Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Rio..., Pedro Marques Lopes enganou-nos e escondeu sempre o seu modelo. Ficamos a saber que era, talvez, preciso perceber como Pedro Marques Lopes desabotoa a braguilha — «mais intimamente» não andará longe... — para se descobrir que o seu verdadeiro modelo de político é, afinal, Eduardo Ferro Rodrigues

** Nenhum mesmo, doutor PML? Não prestar para a função não chega?