domingo, 12 de agosto de 2012

A avaliação e a autoavaliação

«[…] Os avaliadores são uma seita e a sua mística é uma ordem quantitativa pela qual tudo acede a um estado estatístico e entra num ranking. Mas como sabem que o seu trabalho não é interno a um saber, eles precisam que os avaliados (que, por sua vez, são os avaliadores de outros) lhes outorguem legitimidade, que a creditação seja ao mesmo tempo coerciva e consentida. Esse consentimento tácito é obtido através da autoavaliação que os avaliados são convidados a fazer e que lembra o ritual da autocrítica que era imposto nos regimes comunistas.
[…]»