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Os avaliadores são uma seita e a sua mística é uma ordem quantitativa pela qual
tudo acede a um estado estatístico e entra num ranking. Mas como sabem que o seu
trabalho não é interno a um saber, eles precisam que os avaliados (que, por
sua vez, são os avaliadores de outros) lhes outorguem legitimidade, que a
creditação seja ao mesmo tempo coerciva e consentida. Esse consentimento tácito
é obtido através da autoavaliação que os avaliados são convidados a fazer e que
lembra o ritual da autocrítica que era imposto nos regimes comunistas.
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