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Não é fácil ser-se crítico do Acordo Ortográfico, num país em que tudo se discute pela rama e tudo se decide com leviandade. Ser acordista é mais fácil: basta não conhecer o Acordo Ortográfico e não estar na disposição de ler o que se escreve sobre ele.»
Não é fácil ser-se crítico do Acordo Ortográfico, num país em que tudo se discute pela rama e tudo se decide com leviandade. Ser acordista é mais fácil: basta não conhecer o Acordo Ortográfico e não estar na disposição de ler o que se escreve sobre ele.»
António Fernando Nabais, “Acordo Ortográfico: esquisso do acordista” | Público, 18.Ago.2012
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A defesa da memória etimológica, para que seja um argumento bem-sucedido, justificar-se-ia radicalmente com o recuo a antes de 1911, reaproximando o Português de línguas como o Francês e o Inglês, e consequentemente do Latim, e afastando-a de outras românicas que se “modernizaram”, como o Italiano e o Castelhano. Não vou ao ponto de advogar o recuo à “orthographia” pré-Republicana. Contudo, por defeito de formação e profissão, entendo necessário preservar a memória etimológica que existe, como uma “reserva ecológica”.
A etimologia é configuradora de memória e cultura. Línguas que mantêm na escrita a memória etimológica tornam-se mais aptas à elaboração e construção do pensamento.
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