Desconcerta-me como Valupi, que escreve muito bem, persiste em etiquetar de «Exactissimamente» arengas de quem escreve tão mal. Neste caso, "O PSD e o candidato CM", de Pedro Marques Lopes, no DN de domingo, 23.Jul.2017:
«Tenho a certeza de que nenhum ex-líder do PSD hesitaria um segundo em retirar o apoio ao candidato André Ventura mal lesse uma das suas entrevistas. Mais, estou absolutamente seguro de que jamais o PSD de sempre chegaria a propor um candidato com as posições e a postura pública desse indivíduo e muito menos o teria como membro do seu Conselho Nacional. O PSD sempre foi um partido popular, nunca um partido populista.»
Pedro Marques Lopes não sabe do que fala. Saliva consoante a conveniência de quem circunstancialmente lhe paga ou, citando-o, o alberga.
Revela desconhecimento olímpico dos 43 anos que o PPD/PSD leva de existência, de líderes, membros do Conselho Nacional e de candidatos, designadamente autárquicos, populistas.
«As sementes do diabo que o CM tão afanosamente rega têm criado o clima ideal para o aparecimento de um protagonista que carregue as suas miseráveis e perigosas bandeiras. Não será André Ventura o tal protagonista, mas ele é sem dúvida o primeiro candidato Correio da Manhã. Era evidente que mais cedo ou mais tarde iria surgir um candidato Correio da Manhã, o que choca e preocupa é que seja o PSD a albergá-lo.»
Pedro Marques Lopes sabe muito pouco dos 38 anos do Correio da Manhã, que ventos e orientação ideológica por ali têm soprado, que virtude, competência e jornalismo óptimo também por ali há [sim, ali, no "esgoto a céu aberto", como gosta de lhe chamar Valupi]; Pedro Marques Lopes não sabe nada das candidaturas que, desde o aparecimento em 1979 com Vítor Direito, o Correio da Manhã tem explícita ou implicitamente patrocinado.
Pedro Marques Lopes deveria ler mais um bocadinho. E, se não fosse demais, aprender o básico da gramática portuguesa.