«Para este programa convidámos António Louro ... vereador da protecção civil de Mação, um concelho que tem sido dado como exemplo, primeiro por ter sido, e de que forma, fustigado por grandes fogos florestais, mas que hoje tem aquele que é considerado um dos melhores sistemas de prevenção e de combate do país, para nos contar o que é que se faz em Mação que podia de alguma forma servir de exemplo, ou não, para o resto do país.»
Bem-apessoado e bem-falante, este peralvilho do PSD, vice-presidente do município de Mação, falou assim [minutos 29:30 > 36:00]:
«Mação percebeu em 2003 que o problema é paisagem e paisagem só se resolve com gestão, gestão com escala. Para termos escala em minifúndio temos que agregar propriedades.
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Nós desenvolvemos uma ferramenta informática que monitoriza o desenvolvimento do fogo transformando aquela complexa situação num desenho simples ... Qualquer pessoa olha p'rà'quilo e percebe quais são as decisões a tomar.
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Outra coisa que fizemos ... Capacidade de autoprotecção.
Depois fizemos uma série de faixas de baixa densidade ... Melhorámos os pontos de água de grande dimensão. Temos uma política de utilização das "bulldozers" de combate aos fogos que é praticamente pioneira.
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Com a ajuda do MacFire nós conseguimos maximizar a sua eficiência.
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Em Mação trabalhamos ao contrário.
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A nossa ideia foi usar a comunidade humana ...Vamos resolver o vosso problema. Já chega, já ardeu três vezes!
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Gerir paisagem e minifúndio, só agregando as pessoas.»
Problema resolvido. O resto é paisagem, ardida 27 dias depois [Mação, manhã de quinta-feira, 27.Jul.2017].