quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

55055

Curiosidade frívola, não mais.
A edição n.º 44044 saiu há 11 anos; 11 anos antes, a n.º 33033; etc. Em papel.
Só daqui a outros 11, se o defunto ressuscitasse, haveria de sair* a edição n.º 66066.
O Diário de Notícias morreu em Julho de 2018.**  Desde aí é semanário, por sinal muito bom.
Entretanto, para manter a correnteza dos números, vão forjando diariamente uma mentira incorpórea.
Ainda assim, não deixou de mexer comigo a primeira página da edição n.º 55055, de ontem.
DN online é outra coisa. 
Conforme entre outras ocasiões contei nesta, o Diário de Notícias é há 50 anos parte dos meus dias. Por isso me emociono e encanito. 
Tudo triste.
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* Hesito nestes tempos verbais.

** Sei da crise geral na imprensa, mas muito me sugere que a menstruação sincronizada de Daniel Proença de Carvalho-Fernanda Câncio-Ferreira Fernandes-Pedro Marques Lopes, que acarinham desde sempre Rui Rio na direcção do PSD*** [os indícios são copiosos; se pedirem, mostro. A Justiça, ai a Justiça!, o medonho e velhaco Ministério Público, a violação do segredo, a inversão do ónus, o direito premial..., esta gente parece atormentada. O ectoplasma de José Sócrates leva a sair daquela casa.****] e decerto o preferirão agora a Montenegro, ajudou a rejeição dos leitores e apressou o enterro do meu velho DN. 

*** «[...] O PSD estava sem mensagem de esperança e colado a um período que todos queremos esquecer. Rui Rio pode não gozar de um estado de graça no seu partido, mas tem condições para renovar a ligação do PSD aos portugueses e recuperar os eleitores que o abandonaram.
E mostrou uma qualidade que começa a ser rara na classe política: a coragem de dizer o que muitos pensam mas não se atrevem a dizer.
O seu discurso foi, nesse aspecto, inovador. É com coragem e determinação que se afirma uma liderança.»

**** «03.Dez.2019 - A solução para a crise do jornalismo é simples
É dar dinheiro a quem o faz – What else? No caso da imprensa escrita, face à actual oferta, jamais daria dinheiro à Cofina, à Impresa, à Sonae e quejandos, exemplos de pasquinagem que degradam e infectam o espaço público. Dou dinheiro pelo DN, sete euros e tal por mês, e assim continuarei a fazer enquanto o produto me continuar a respeitar como cidadão. É simples.
[...]»