«A mim, o néon lembra-me sempre Jacques Tati, que tem alguns gags formidáveis com sinais luminosos; é como se não resistíssemos à força magnética dos sinais, que se tornam signos, que nos dizem o que fazer, e como fazer, é a publicidade a falar directamente com o nosso cérebro, mas não apenas a publicidade, também a indústria, a burocracia, a hierarquia, a domesticidade. Tati brincou com tudo isso, com ferocidade amena.»
Em tempo
«o Pedro Mexia escreve no Expresso uma página inteirinha de palavras wiki? Aqui há tempos, a propósito do néon, lembrou-se de Jacques Tati e eu? Ri. Tem muita vida, o Mexia. Aquilo é um mundo que nunca mais acaba, coitado do novo serôdio, embiocado no sobretudo lá vai ele, pobre figura com algum charme, contudo, algum charme?»