«O talento, de qualquer maneira, é sempre, e por definição, exibicionista;
[…]
Na não-ficção de cariz político, em particular, a exibição de um “estilo” é muitas vezes interpretada como uma indesculpável falta de tacto – como arrotar durante a missa.
[…]
nenhum estilo no mundo é uma licença para abdicar do discernimento e besuntar de poesia qualquer conveniente fuga à realidade.
[…]
Quando um estilo pessoal foi sendo consolidado por vigilância fanática contra o lugar-comum, é natural que essa vigilância acabe por infiltrar o processo de raciocínio. *
[…]
Não há melhor “estilo” do que aquele que nos ensina pacientemente a identificar as suas delinquências ocasionais.»
* Contra mim cito.