domingo, 6 de novembro de 2011

A Igreja Católica

até «há não muito tempo cobrava umas massas valentes para “apagar” pecados (podem procurar no Google por “indulgências”) […] andou séculos, até há bocadinho *, a aterrorizar legiões de pais com a ideia de que os seus bebés, se morressem não baptizados, iriam para um sítio desolado, intitulado “limbo”, onde permaneceriam, sós e assustados, toda a eternidade; […] fez alianças com tudo o que era déspota e barbaridade (googlar “escravatura”) e teve mesmo a sua própria linhagem de imperadores espaventosos e canalhas (não sendo certo que não perdure), que proibiam aos outros sacerdotes casar (coisa que, é sabido, nunca impediu os bons dos clérigos de ter sexo) mas tinham filhos que colocavam, como herdeiros, no trono. É preciso continuar? É que não acaba, e nem é necessário chegar aos actuais escândalos de abuso sexual de menores.»

Pressinto que à Fernanda Câncio já só reste uma maneira de, dando a volta por cima, se livrar do inferno: é pôr-se quanto antes a escrever e a falar, muito mais do que tem feito **, em todos os sítios em que possa, contra as pormenorizadas ignomínias do Islão, até que um qualquer velho barbudo irado iraniano lhe lance uma fatwa ordenando a sua execução. Aí, e com um bocadinho de sorte – se a execução for executada com a Fernanda ainda executável -, pode ser que vá a tempo de acabar canonizada pelo papa de serviço em Roma como santa mártir do combate ao nefando Mafoma, nisso alcançando gloriosamente o céu.
Gosto cada vez mais da Fernanda Câncio.

** Verdade que nesta crónica a Fernanda fala das «lapidações por adultério», mas isso não é nada. Vamos aos bois pelos nomes, que eu fico escondidinho na - como é que agora se diz? - minha zona de conforto ... pluvioso.