segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Quando o Estado nos vem ao cu

«[…]
um cronista e comentador político, que tem um gosto especial pela alarvidade, falou mesmo em sodomização*.
[…]
O paradoxo da “pilhagem legal”, formulado por Tomás de Aquino, passou a fazer parte das conversas: na rua, no táxi, no café, nos jornais e nas televisões. Ora, mesmo quem nunca sentiu necessidade de pensar os processos de um Estado fiscal, tem agora motivos urgentes para o fazer, já que o que resta da democracia sofreu um forte embate: o sistema fiscal recorre a práticas absolutistas ‘naturalizadas’ […] Mas essas práticas, ao serem exasperadas, dão-se a ver na sua arbitrariedade e quebram o vínculo necessário entre os rendimentos do Estado e os benefícios que os cidadãos deles extraem.
[…]»
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* «Há dias, quando me disseram que o governo ia extinguir 30 ou 40 fundações, pensei que estavam a brincar comigo. Era mesmo uma boa piada: num país com o Estado falido e com a sociedade sodomizada pelo fisco assim ao estilo Pulp Fiction, [...]»