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Foi
certamente quando o Estado começou a perder todo o sentido que se começou a
falar em sentido de Estado. Em tal expressão, ecoa um sisudo anacronismo e dá-se
a ver uma roupagem vetusta, usada em palcos e representações que já não são os
nossos. “Razão de Estado” – eis o que se dizia noutro tempo, anterior ao
sentido de Estado (que pode ser definido por antífrase: é o estado anestésico),
quando a vocação dominadora e guerreira era assumida como uma missão.
[…]»